Confinamento Monte Alegre (Barretos, SP) é exemplo de sustentabilidade e tecnologia na pecuária

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O Confinamento Monte Alegre (Barretos, SP) é uma das melhores estruturas de terminação de bovinos da pecuária intensiva. Gerido por André Luiz Perrone dos Reis, a capacidade estática do confinamento é de 21 mil cabeças, com 120 a 140 animais por baia. Ali são abatidos anualmente cerca de 35 mil animais, porém a meta estabelecida para 2021 é atingir 45 mil animais.

A equipe da expedição Confina Brasil, que em sua segunda edição visitou cerca de 120 propriedades em 11 estados e atualiza, de forma remota, os dados dos confinamentos visitados em 2020, totalizando 14 estados, visitou o Confinamento Monte Alegre (CMA), com o objetivo de conhecer as boas práticas e o funcionamento da propriedade, além de coletar dados para compor o Benchmarking do Confina Brasil 2021. A visita foi acompanhada por vários patrocinadores do Confina Brasil, como Elanco, Casale, Nutron, AB Vista e Associação Brasileira de Angus.

“Com o crescimento do confinamento, atualmente o CMA funciona parcialmente como um boitel, recebendo animais, majoritariamente, vindos de Minas Gerais e Goiás, além de realizar a terminação do próprio rebanho”, conta Felipe Araújo Dahas, médico veterinário e coordenador do Confina Brasil.

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“Com preocupação ambiental, as instalações terão reservatório adicional para armazenagem do chorume coletado no confinamento. Esse material será utilizado na irrigação da área de agricultura, composta de 321 hectares”, destaca Dahas.

O CMA conta ainda com um reservatório para armazenagem de água captada da chuva, com capacidade para 10 mil litros. Com isso, há redução da quantidade de água a ser captada de cursos d’água.

De acordo com Olavo Bottino, médico veterinário e técnico do Confina Brasil, várias práticas voltadas para o bem-estar animal foram incorporadas às rotinas do confinamento nos últimos anos, como a implantação de aspersores de água nas baias para diminuir a poeira e refrescar o ambiente. Além disso, alguns piquetes possuem cobertura na linha do cocho.

“A propriedade conta com curral de manejo desenvolvido pela Temple Grandin, referência global em bem-estar animal. O objetivo é facilitar o manejo, reduzindo o estresse e o tempo de permanência dos animais nesse ambiente”, relata Bottino.

A propriedade também tem agricultura, com a produção de milho, cana e capim Tifton-85, todos utilizados na alimentação dos animais.

“O confinamento prepara quatro dietas, sendo duas de terminação com diferenciação no núcleo utilizado, uma adaptação para os animais que chegam ao confinamento e uma de manutenção para vacas de cria e garrotes”, explica Olavo Bottino.  “O sistema de controle de carregamento e descarregamento da dieta produzida inclui aferições de eficiência do colaborador. Os índices são repassados diariamente ao tratador, a fim de melhorar e/ou bonificar pelo serviço realizado”, complementa.

O confinamento também possui uma unidade de pesquisa que conta com baias com maior tecnificação e monitoramento constante de comportamento e alimentação dos animais, por meio de cochos com mensuração de consumo e balança de pesagem automática. “Com os dados obtidos, a propriedade consegue observar oportunidades e traçar novos planejamentos em busca do aumento da produtividade”, finaliza Felipe Dahas.

A expedição tem patrocínio ouro da BRA-XPElancoCasaleNutron e UPL; e patrocínio prata da AB VistaAssociação Brasileira de AngusBarenbrugBeckhauserConfinartGA (Gestão Agropecuária)Inpasa e Zinpro.  A expedição conta ainda com o patrocínio da montadora Fiat e apoio institucional da Assocon, Embrapa Pecuária SudesteEmbrapa InformáticaHospital de Amor de Barretos e Sociedade Rural Brasileira.

Mais informações no portal www.confinabrasil.com e Instagram @confinabrasil.

Autora:

Giovanna Borielo

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