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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Importância da orientação e do acompanhamento no uso de plantas medicinais

O uso das plantas medicinais para tratamento ou melhora de enfermos se confunde com a própria História, refletindo um ato tão antigo quanto a existência das civilizações. As aplicações são diversas e nos dias atuais, com auxílio da ciência, observa-se a transição do conhecimento popular para comprovações científicas.

Muitas plantas produzem substâncias com estruturas complexas, utilizadas inclusive como mecanismos de defesa contra predadores, mas também com potencial terapêutico. É importante salientar que nem todas são de interesse farmacológico, mas alguma serão explicitadas a seguir.

A arruda, por exemplo, era utilizada na Grécia como potente antídoto contra venenos e Leonardo da Vinci e Michelangelo afirmavam que ela melhorava os sentidos criativos.

Hoje, sabe-se que tem ação antiespasmódica, carminativa, anti-helmíntica, entre outras, com indicação para reumatismo, nevralgia, incontinência urinária e verminoses. Porém, seu uso precisa ser orientado por profissional especializado e capacitado, pois pode causar hemorragia grave em caso de superdosagem, entre outras situações graves.

A camomila é muito utilizada como calmante, sozinha ou associada a melissa e a valeriana, mas apresenta um leque de indicações e ações, dentre elas: antiespasmódica, cicatrizante, antisséptica e anti-inflamatória. Também precisa de acompanhamento para utilização, sendo contraindicada na gestação, por exemplo.

O hibiscus, difundido pelas ações laxativas leves, diurética, antiespasmódica e digestiva, antihipertensiva e calmante, deve ser empregado com precaução por pacientes com problemas cardíacos, pois favorece a eliminação de eletrólitos, podendo levar a deficiência cardíaca. É mais um caso de cuidado na gravidez, tem certa ação mutagênica, identificada em estudos preliminares.

Ficam evidentes as indicações terapêuticas benéficas das plantas medicinais, mas também, os riscos do uso sem avaliação e acompanhamento adequados. Não significa que por serem consideradas “naturais”, não possam causar malefícios à saúde.

Autores:

Pedro Henrique Navarra Mora
Mariana Rodrigues Camolezzi
Curso de Farmácia, Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos – UNIFEB

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