O presente artigo tem o objetivo de analisar a chamada Questão Dinástica Brasileira. É notório o fato que a monarquia brasileira foi derrubada por um golpe de estado em 15 de novembro de 1889. Na ocasião, sem apoio da população, o exército imperial, liderado pelo Marechal e herói de guerra Manuel Deodoro da Fonseca, marchou contra o governo do Presidente do Conselho de Ministros, o Visconde de Ouro Preto e no mesmo dia, à revelia de sua posição pessoal como monarquista e amigo do imperador, assinou o decreto que determinava a deposição da Dinastia Imperial e o fim do sistema monárquico representativo. Derrubados do trono e banidos da sua pátria, a Família Imperial manteve seus títulos e as regras da dinastia, dentre os regulamentos mantidos pela Casa Imperial no exílio, mesmo que não expresso na carta constitucional, estava o casamento dinástico, matrimônio entre pessoas do mesmo status da realeza. O príncipe D. Pedro de Alcântara, filho da princesa Isabel, herdeiro da coroa, ao desejar contrair matrimônio com alguém da baixa nobreza da Boêmia, condessa Elisabeth Dobrzensky de Dobrzenicz, renunciou a seus direitos ao Trono do Brasil, que passou para seu irmão mais novo, D. Luís. Hoje, permanece uma disputa entre os partidários dos descendentes do príncipe D. Pedro de Alcântara que não reconhecem a validade da sua renúncia, em detrimento dos que hoje se consideram herdeiros legítimos da monarquia brasileira, os descendentes do príncipe D. Luís de Orléans e Bragança.
Palavras-chave: Monarquia, Questão Dinástica, Família Imperial
Autor:
Prof. Weslen Martins da Silva
Acadêmico do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em História do Brasil – UCAM