DespedidasQuem na vida não se surpreende do nada com lembranças de uma partida que deixou saudade? Vivemos diariamente nos despedindo de alguma coisa e da própria vida, sem falar na transformação diária do nosso corpo físico e também da natureza.
Partidas são necessárias e muitas vezes o adeus faz parte da caminhada. Não se deve sofrer, e entender que tudo é finito e tem um tempo para acontecer. Quantas vezes o abandono embora passageiro é menos sofrido que a dor de não se ter sabido amar? Os falsos anseios nos fazem perder energia e o amor incondicional nos completa. O medo da perda nos impede do fluxo da abundância, e saber dizer adeus nos traz um sentimento de provisão interior.
A pandemia nos trouxe inúmeras lições dentre elas o valor de entendermos a nossa finitude. Nada nos pertence. Somos viajantes deste imenso aprendizado da vida. Vimos partir amigos, professores e líderes aprendendo com eles as lições do desapego. Tínhamos e continuamos tendo de entender as despedidas, o adeus e as partidas.
Se analisarmos mais conscientes entendemos que as partidas são só físicas, mas os registros marcantes nos assaltam no coração um sentimento de saudade e lembranças. Deve-se honrar essa memória afetiva e agradecer por ter conhecido nesta existência o amor ao próximo. Só através dos anos vai se aceitar que somos parte da mesma essência divina e que no necessário momento nosso propósito nos exigirá seguir o fluxo da evolução sem lágrimas ou sofrimento.
Autora:
Josefa de Deus Camano