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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Riscos relacionados ao uso de medicamentos para o emagrecimento

A Associação Brasileira para estudo da obesidade e da síndrome metabólica (ABESO) divulgou dados sobre um possível prognóstico futuro, relacionado ao sobrepeso e à obesidade. A estimativa é de que, em 2025, aproximadamente 2,3 bilhões de pessoas estejam acima do peso no mundo, onde 700 milhões, classificadas por um IMC maior que 30, em quadros de obesidade. No Brasil, os números vêm crescendo exponencialmente.

A obesidade é uma doença crônica preocupante, considerada uma pandemia e caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. Geralmente, tem início na infância ou adolescência, acompanhada por fatores como propensão genética ou comportamental, esta última, resultado de um ambiente doméstico obesogênico.

As consequências são avassaladoras para o organismo, já que, após instalada, a obesidade cria um estado inflamatório, culminando em: hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes, problemas ósseos, problemas respiratórios e outras comorbidades, como acidente vascular cerebral e infarto.

Dentro de todo esse contexto, muitas pessoas procuram alternativas terapêuticas para rápida perda de peso e sem esforços, utilizando com este intuito medicamentos anorexígenos, diuréticos, laxantes, sem imaginar os riscos e malefícios que eles podem acarretar.

Entre as consequências do uso inadequado de princípios ativos como, orlistat, femproporex, anfepramona e sibutramina, alguns causam dependência física e psíquica, ansiedade, palpitações, boca seca, irritabilidade, hipertensão, sudorese, delírio, depressão, diarreias intensas e até levar ao óbito.

Além desses medicamentos, o uso de fitoterápicos ou derivados de plantas, considerados “naturais”, como Garcinia cambogia, Citrus aurantium, Spirulina, Slendesta, Pholia magra e Caralluma fimbriata, traz a falsa sensação de segurança. Porém, existem vários malefícios associados a eles, como náuseas, vômitos e/ou diarréia, reações alérgicas, dores de cabeça e de estômago, podendo acarretar até sintomas mais graves como arritmia, hipertensão, infarto e óbito.

Por isso, o acompanhamento por profissionais qualificados é essencial para determinar a necessidade individual e a definição do melhor esquema terapêutico ou de intervenção.

Autores:

Mariana Rodrigues Camolezzi
Pedro Henrique Navarro Mora
Curso de Farmácia – Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos – UNIFE

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