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sábado, 22 de junho de 2024

Filósofos de ocasião

Muitas coisas faltam ao mundo contemporâneo. Certamente, não se encontram na lista de tais carências o radicalismo e as polarizações: estes abundam e proliferam à semelhança do traiçoeiro coronavírus.

?Vemos surgir de todos os lados indivíduos defendendo teses anacrônicas e disparatadas, citando em tom arrogante livros que nunca leram e autores que jamais conheceram.

Mal entramos na internet ou ligamos a televisão à cata de alguma notícia ou informação que se aproveite e lá estão eles: os líderes sem rumo, os mestres sem objetividade, os vaidosos e contraditórios “filósofos do momento”, refratários à reflexão e sempre à guisa de holofotes. Ao menos no Brasil, estes últimos tipos têm obtido cada vez mais espaço, buscando fincar suas raízes em isoladas ilhotas banhadas pelo oceano do senso comum e especializando-se em uma retórica atravessada por clichês, bordões e confusões, em detrimento da pesquisa séria e da literatura científica.

No contexto deste autêntico e colossal império da obscuridade e do superficialismo com ambições expansionistas é que ouso perguntar aos antenados “filósofos” pós-modernos e a seus entusiastas se eles têm coragem e argumentos suficientes para negar a primazia dos helênicos, a objetividade dos romanos e a ordenação lógico-escolástica dos medievais.

Autor:

Rafael Mendes

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