“Estou admirado de vocês estarem abandonando tão depressa aquele que os chamou por meio da graça de Cristo, para aceitarem outro evangelho”. (Epístola de Paulo aos Gálatas:1.6)
O Evangelho perdeu a Graça? Evidentemente que não! todavia, quando a pergunta se volta em torno dos “outros” evangelhos, tão tacitamente difundido e anunciado, com maior vigor nos templos Neopentecostais e por seus “Pastores” é preciso distinguir, o Evangelho verdadeiro ensinado por Cristo e perpetuado por seus discípulos, daquele (s) evangelhos, ou pseudo -evangelhos, muitas vezes, pregados por pseudo -pastores e embutido de pseudo – verdades. O Evangelho de Cristo, o verdadeiro Evangelho se baseia na Graça de Deus este, jamais perderá ou perdeu a sua Graça, ao contrário, os “outro” (s) evangelhos nunca tiveram a GRAÇA e estão perdendo ou já perderam a “graça” há muito tempo!1 As profecias enunciadas em o Evangelho de Mateus, nos capítulos 24 e 25, nos remete aos acontecimentos atuais, pois não apenas o verdadeiro Evangelho tem sido distorcido, como também, há uma efervescente onda de novas práticas, novos “pastores” e consequentemente, novas “teologias” nos ambientes especialmente, Neopentecostais de “culto”. O carro chefe desta enxurrada de “Teologias” é o que se conhece como: Teologia da Prosperidade. No primeiro momento entende-se por “Prosperidade” de acordo com o Dicionário eletrônico Priberan. Prosperidade é etimologicamente definido pelo termo: “Prosperitate” (Lat.) cujos significados atribuem ao termo: “Enriquecer”, “Tornar-se feliz”, “venturoso”, “qualidade ou estado do que é próspero”, “felicidade”, “progresso”. Afinal de contas, quem em sã consciência, não busca “prosperidade”, “felicidade” e “progresso” na vida?
SÓ EXISTE UM EVANGELHO VERDADEIRO ENSINADO POR JESUS E PROPAGADO PELOS SEUS DISCÍPULOS. ⁶ Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho;
⁷ O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo.
⁸ Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.
Gálatas 1:6-8
Paulo responde de maneira bem explícita e taxativa: “O qual, não é outro” Ver.7. De maneira, que todo e qualquer “evangelho”, pregação, culto, reuniões religiosas, ligadas a qualquer denominação, que não corresponda em sua essência ao Evangelho de Cristo anunciado por seus discípulos enraizado e configurado de forma plena pela Palavra de Deus (Bíblia), se configurará em o “outro (s) evangelho (s)” perpetuado e reproduzido de forma contraditória e plural, nos meios de comunicação, nas mídias: Falada, televisada e escrita, pois só a verdade manifesta apresentada e solidificada, nos ensinamentos de Cristo é capaz de apresentar o “selo” do Espírito. Assim, como um selo dá autenticidade e garantias, de quem redigiu a carta, o Espírito Santo é a prova cabal da autenticidade das Escrituras Sagradas. Portanto, o Evangelho ensinado por Cristo e pregado por Paulo estavam plenamente de acordo e apresentavam a mesma verdade, isto é: “Cristo crucificado!”. O que não se fundamenta na cruz de Cristo, nada tem a ver com o verdadeiro Evangelho de Cristo.
QUAIS SÃO OS SINAIS EVIDENTES DO “OUTRO ” (S) Evangelho (s)? “… Se alguém vos apresentar “outro” evangelho, além do que já recebestes seja anátema (maldito). Epístola aos Gálatas 1.9). A Teologia da Prosperidade: o “outro” evangelho que está aquém da verdade de Cristo.
Iniciamos este texto com a seguinte pergunta: O Evangelho perdeu a Graça?”. O Evangelho de Cristo nunca perdeu a Graça, pois Evangelho que não se fundamenta na Graça de Deus não é o Evangelho com as prerrogativas enunciadas e perpetuadas por seus discípulos. Todavia, o “outro” (s) evangelhos no mundo presente, principalmente no ambiente Neopentecostal tem suas práticas arraigadas, nas areias movediças da Teologia da Prosperidade, também difundida, como: Confissão Positiva. De acordo com o pastor Adventista Érico Tadeu Xavier (2009), as raízes da Teologia da Prosperidade, Confissão Positiva ou Movimento da Fé concentram no pregador Willian Kenyon. Este exerceu a função de pastor em várias Igrejas, dentre as quais, Metodistas, Pentecostais ficando posteriormente desligado de qualquer igreja. No que se refere à Kenyon e a Teologia da Prosperidade (HANEGRAAF, 1998, Pg. 27-36) Kenyon sofreu influência de seitas metafísicas como: Ciência da Mente, Ciência Cristã e Novo Pensamento, que deu origem ao Movimento da Fé. Esses ensinamentos afirmam que tudo que dissermos, se tornará realidade enfatizando assim, o poder da mente.
Já para (Romeiro, 1993, Pg. 6) Confissão Positiva é um título alternativo para a teologia da fórmula da fé, ou doutrina da prosperidade promulgada por vários televangelistas contemporâneos, sob a liderança e inspiração de Essek Willian Kenyon. Entretanto, foi o evangelista Batista Kennet Hagin, quem liderou o movimento de Confissão Positiva, ele plagiou vários escritos de Kenyon. Essa doutrina surgiu na década de 1940 tomando força, nos anos de 1960-1970. Reúne crenças sobre poder e cura, prosperidade e poder da fé. A partir dos anos de 1970 encontra abrigo nos grupos evangélicos carismáticos nos Estados Unidos adquirindo visibilidade e espalhando-se para outras correntes cristãs.
O “OUTRO” (S) EVANGELHO (S) O EVANGELHO SEM GRAÇA. “O homem que cria o seu próprio evangelho, ele nunca soube o significado do Evangelho de Cristo”. COMO IDENTIFICAR, SE O “evangelho” (s) PREGADO É O EVANGELHO DE CRISTO?
1 – O EVANGELHO DE CRISTO ESTÁ FUNDAMENTADO NA CRUZ. “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1ªaos Coríntios 2.2) ARA. “Porque quando estive com vocês, resolvi esquecer tudo, a não ser Jesus Cristo e principalmente, a sua morte na cruz” (1ª Coríntios 2.2) NTLH.
2 – O EVANGELHO DE CRISTO NUNCA DISSE QUE A VIDA CRISTÃ SERIA UMA VIDA FÁCIL. “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz, no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo eu venci o mundo” (Evangelho de João: 16.33).
3 – O VERDADEIRO SENTIDO DA VIDA COM CRISTO ESTÁ FUNDAMENTADA NO “SER” E NUNCA ESTEVE FUNDAMENTADA NO “TER”. “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam, mas ajunteis tesouros no céu, onde os ladrões não minam e nem roubam, porque, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também, o vosso coração”. (Evangelho de Mateus 6:19-21). Há dois tipos de tesouros aqui, aquele que perece e se decompõem com o tempo, e aquele que permanece para vida eterna. Os Televangelistas da Teologia da Prosperidade ajuntam fortunas e aumentam consideravelmente, seus patrimônios terreais, porém; os tesouros celestiais se constroem pelas ações pertinentes e características, de pessoas nascidas em Cristo, desta forma; suas ações tornar-se-ão, dignas do nome de Cristo. Muitas “celebridades” eclesiásticas estão com a conta transbordando de bens e “comodeties”, contudo; com a conta zerada nos céus.
4 – Jesus sempre esteve na direção contrária deste mundo. ²⁷ Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;
²⁸ E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são;
²⁹ Para que nenhuma carne se glorie perante ele.
1 Coríntios 1:27-29
OS “PICARETAS” DO Espírito. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. (Evangelho de Mateus: 24:11).
“Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (1ª Timóteo 4.1).
O Filósofo Luís Felipe Pondé escreveu um texto sobre os “Picaretas” do Espírito, no entanto; há “picaretas” pregando e disseminando a Teologia da Prosperidade por todas as partes do Brasil. E um “pregador” denominado como “pregador mirim” tem sido protagonista de uma grande discussão em torno de suas práticas e condutas, diante de plateias inteiras. No entanto; o que Paulo escrevendo à Timóteo pode e nos traz em relação à isto? Observe as palavras de Paulo à Timóteo em sua primeira epístola:³ Como te roguei, quando parti para a Macedônia, que ficasses em Éfeso, para advertires a alguns, que não ensinem outra doutrina,
⁴ Nem se deem a fábulas ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé; assim o faço agora.
⁵ Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.
⁶ Do que, desviando-se alguns, se entregaram a vãs contendas;
⁷ Querendo ser mestres da lei, e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam.
1 Timóteo 1:3-7
Observe esses termos: “O amor de um coração puro”, “Uma boa consciência” e “uma fé não fingida” Essa trilogia de termos pode nos dar a ideia dos princípios norteadores, que devem edificar, arraigar e sobreeedificar, o verdadeiro Pregador de Cristo, o verdadeiro Evangelho de Cristo e o verdadeiro espírito, daqueles que pregam a verdade do Evangelho de Cristo. 1- Coração Puro. 2- Boa Consciência. 3- Uma fé não fingida. Imagine um “pregador” histérico que grite o “evangelho”, uma igreja cheia de pessoas, mas vazia da GRAÇA e do Espírito de Deus. Uma mensagem desfigurada, inconsistente do ponto de vista bíblico e uma Liturgia totalmente desconexa, assim se constitui a “organização” dos cultos em igrejas onde “pastores” engolidos pela Teologia da Prosperidade abundam suas práticas e crenças, “fetiches” “espirituais” e curas, muitas vezes; intrinsecamente fantasmagóricas e estarrecedoras.
⁶ Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo.
1 Timóteo 3:6
A palavra “Neófito” responde uma das principais dúvidas, no que concerne as características que devem envolver, um homem chamado para o ministério pastoral. Do Latim, “Neophytus”, ou seja; uma pessoa recém batizada, recém convertida a uma religião, ou a uma causa, que é um novato em uma atividade ou área. Uma das condições impostas pela Palavra de Deus, é que o Pastor ou candidato ao pastorado, não seja um “neófito”, um recém convertido ou iniciado na fé, sem vivência espiritual, sem maturidade espiritual, sem conhecimento da Palavra de Deus e sem, autoridade para falar dirigido pelo Espírito Santo. Tudo isso, responde por si mesmo; a inabilidade destes “pregadores mirins”. Um pregador precisa saber o que está pregando, precisa ouvir o que o Espírito está lhe dizendo e precisa compreender, o verdadeiro significado do “viver em Cristo”. porque, aquele que não negar-se a si mesmo, tomar a sua cruz e seguir-me, não pode ser meu discípulo, se esta é uma das principais exigências para ser discípulo de Cristo, imagine o que não é para ser um Pastor, no sentido lato, isto é; em seu sentido mais amplo, mais extenso e completo? Afinal, o EVANGELHO PERDEU A GRAÇA? O EVANGELHO de Cristo jamais! Mas, o “Outro” (s) evangelhos e suas pseudo -teologias, a Teologia da Prosperidade e seus “pregadores”, estes nunca conheceram de fato, a GRAÇA de Deus. sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus.
Que Deus nos livre!