O ministério da educação do Marrocos enfrenta pela primeira vez uma greve geral e sem precedente, sob pressão dos professores que exigem melhores condições de trabalho e inserção direito na função pública, face a consternação dos discentes e famílias, e controvérsias em torno do novo estatuto e acordo entre o ministério e sindicatos, patronais e as coordenações dos professores.
Isso veio numa altura em que o governo pensa numa trégua, para discutir o acordo, encontrado num beco sem saída.
Durante as duas últimas semanas, parece que as saídas midiáticas para o novo estatuto básico de educação levam o Ministro da Educação, Chakib Benmoussa, a mudar do ritmo face às demandas dos professores, do impasse ministerial, e das queixas de famílias e discentes, consequências das aulas suspensas ou dispensadas.
Conforme os dados dos 17 comités de coordenação da greve nacional, os professores e instituições de ensino no Marrocos paralisam o setor do ensino público, os discentes, o governo e o conselho da educação continuam sob uma nova onda de pressão, numa altura em que 90 %, dos professores exigem uma inserção direta na função pública, e troca do acordo contratual.
Tal situação confusa é comparada a uma bola de neve, que se escorrega e enrola num tamanho improvável.
Este novo estatuto de ensino tem sido caracterizado como um tiro à queima roupa, cujo autor ministro da educação de Marrocos, sr Chakib Benmoussa, por trás de um projeto polêmico da discórdia tanto dos discentes, como dos sindicatos dos professores, quadros educativos e famílias, numa reviravolta da nova abordagem do atual estatuto educacional.
Diante de tudo isso, só os executivos da educação nacional podem retomar o diálogo com os professores, meio pelo qual o impasse dos coordenadores e das cenas contratuais sobressaem no sentido de resolver a questão do novo estatuto do ensino público.
As informações sobre o ministro Chakib Benmoussa, a educação pública, o nível da crise do setor, e a distância alarmante entre ensino e a prática no processo educacional. Algo ilógico, quando o aluno, na fase final do ensino primário não sabe ler bem e escrever, ou com problemas de pronúncia de letras.
No nível do bacharelado, comparado ao final do ensino secundário, o aluno revela uma certa autonomia, mas de forma deslocada quanto a análise dos textos literários em árabe ou em francês, e a incapacidade quando se tratar de escrever uma frase corretamente sem erros, ou analisar uma expressão escrita de forma apropriada.
Para os professores, tais erros acumulados, vergonhosos, referem-se as lacunas, em termos da incapacidade de realizar simples relatórios profissionais.
Assim, o ministério e parceiros consideram a crise da educação, como uma questão estrutural e metodológica, motivo das prestigiadas docências.
Além das demandas das grevistas paralisar o sector da educação no Reino, sem nenhum desfecho no horizonte, capaz de acabar com as greves de forma definitiva, arriscando ao contrário o país entrar numa crise social e econômica, objeto das cinzas obscurecidas do sistema educacional.
Por sua vez, os alunos constituem os últimos a ser prejudicados, dada tensão entre educadores e executivos, na porta dos exames finais daqui seis meses, prejudicando o ano letivo.
Estes exames são também parâmetros para o futuro dos discentes, dependendo da matrícula dos estudantes nos institutos superiores dentro e fora do Marrocos.
A luz desta situação, o que está em jogo, a qualidade da educação, a preparação dos estudantes, as qualificações do pessoal educativo, bem como do governo a manter a posição em favor dos discentes sem deteriorar ou prejudicar a imagem do ensino público.
Finalmente, o Marrocos, graças ao plano de desenvolvimento, 2015, às instituições educacionais, o conselho nacional de educação, foram certas metas para o setor, contra qualquer paralisação do setor, da retomada das aulas, e contra qualquer hemorragia. Onde os responsáveis do ministério priorizam o diálogo social, para uma educação cidadã, no sentido da inserção direta na função pública dos professores concursados.
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Autor:
Lahcen EL MOUTAQI. Professor universitário, Rabat, Marrocos