Estamos no mês da campanha Outubro Rosa que visa promover a conscientização sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e cuidados relacionados ao câncer de mama.
A alimentação saudável é uma das aliadas na prevenção da doença e também no combate aos efeitos colaterais do tratamento do câncer de mama.
Ter o acompanhamento de um nutricionista é primordial durante e após o tratamento para que o paciente tenha um sistema imunológico saudável, minimizando os efeitos colaterais da quimioterapia e da radioterapia.
Um dos principais pontos são os antioxidantes. Eles são muito importantes na proteção das células do corpo contra danos causados pelos radicais livres que são produzidos naturalmente durante processos metabólicos e também podem ser gerados em resposta a fatores ambientais, como exposição à radiação ultravioleta e produtos químicos tóxicos.
Os radicais livres podem causar danos ao DNA, aumentando o risco de vida que pode levar ao câncer. Os antioxidantes podem ajudar a neutralizar esses radicais livres, prevenindo ou tolerando os danos ao DNA e o risco da doença.
Uma das conseqüências do desequilíbrio entre a produção de radicais livres e capacidade do corpo de neutralizá-lo é o estresse oxidativo. Ele tem sido associado a várias doenças, entre elas o câncer de mama. Os antioxidantes podem ajudar a diminuir esse tipo de estresse.
No entanto é preciso dosar o uso de antioxidantes, o excesso de suplementos ou dietas ricas em antioxidantes podem até aumentar o risco de câncer. Em excesso ele pode interferir nas vias de sinalização celular que ajudam a eliminar as células imunes, potencialmente permitindo que as células cancerosas sobrevivam e se proliferem.
O uso de antioxidantes naturais como frutas, legumes, nozes e sementes, em vez dos suplementos é a melhor opção. Uma dieta equilibrada e rica em nutrientes é fundamental para a saúde em geral.
Outro aliado são as fibras, elas ajudam na saúde digestiva e na prevenção do câncer de mama, promovendo uma digestão saudável e também oferecem benefícios na prevenção da doença.
As fibras são componentes vegetais que não são digeridos pelo corpo humano, passando intactos pelo trato digestivo. Com isso estimulam o funcionamento saudável do intestino, prevenindo problemas como constipação e síndrome do intestino irritável. Uma digestão eficiente é essencial para uma absorção adequada de nutrientes e para manter o trato gastrointestinal em bom estado.
Existem dois tipos de fibras: solúveis e insolúveis. As solúveis formam uma espécie de gel no trato digestivo, auxiliando na regulação dos níveis de glicose e colesterol no sangue. Já as insolúveis, ajudam a evitar a constipação, promovendo um trânsito intestinal regular.
Logo uma dieta rica em fibras está associada à redução do risco de câncer de mama. Elas auxiliam na regulação dos níveis hormonais, especialmente o estrogênio, que podem estar ligados ao desenvolvimento da doença. E também ajudam a manter um ambiente intestinal saudável, onde as bactérias benéficas prosperam e as substâncias potencialmente prejudiciais são eliminadas.
Outro fator essencial durante o tratamento do câncer de mama é fortalecer o sistema imunológico, pois ele desempenha um papel crucial na recuperação e na proteção contra a progressão da doença.
Frutas cítricas, alho, gengibre, iogurte probiótico, cenoura, chá verde, frutas vermelhas, nozes e sementes, salmão e vegetais de folhas verdes são alguns dos alimentos que fortalecem o sistema imunológico.
Vale lembrar que durante e após o tratamento do câncer de mama a nutrição desempenha um papel crucial, auxiliando nos efeitos colaterais do tratamento – que difere de pessoa para pessoa.
Para os pacientes com náuseas e vômitos, o melhor é optar por alimentos leves evitando alimentos gordurosos, picantes e com cheiros fortes. Beber água para se manter hidratado e experimentar alimentos gelados como picolés de frutas naturais é uma opção.
Para os pacientes com diarréia, consumir alimentos ricos em fibras solúveis, como aveia, arroz integral e banana madura. Evitar alimentos ricos em fibras insolúveis como frutas com casca e vegetais crus e beber bastante líquido são as principais indicações.
Já para combater a fadiga o melhor é manter-se hidratado, consumir pequenas refeições e lanches ao longo do dia – para manter os níveis de energia – que incluam proteínas magras, como peito de frango e peixes e leguminosas.
Outros sintomas são alterações no paladar. O melhor é experimentar diferentes temperos e condimentos para tornar os alimentos mais saborosos. Já a perda de peso pode ser revertida com a ajuda de uma alimentação equilibrada. Priorize alimentos ricos em nutrientes e gorduras boas, com abacates, nozes e azeite de oliva, iogurte natural desnatado e queijo cottage.
Após o tratamento o paciente pode praticar atividades físicas leves, conforme orientação médica e incluir frutas e vegetais coloridos na dieta, pois eles são ricos em antioxidantes que ajudam a combater os danos celulares e promovem a saúde em geral.
A conscientização sobre o câncer de mama não se restringe ao Outubro Rosa. É uma luta constante e o nutricionista é uma das peças fundamentais no enfrentamento da doença não apenas com orientação nutricional, ele oferece também apoio emocional, educando e capacitando o paciente a enfrentar o tratamento de maneira mais forte e saudável.
Ana Paula Cony é nutricionista da Clínica NeuroVida.
*Outubro Rosa: Como a alimentação pode ajudar no tratamento do câncer de mama*
Estamos no mês da campanha Outubro Rosa que visa promover a conscientização sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce, tratamento e cuidados relacionados ao câncer de mama.
A alimentação saudável é uma das aliadas na prevenção da doença e também no combate aos efeitos colaterais do tratamento do câncer de mama.
Ter o acompanhamento de um nutricionista é primordial durante e após o tratamento para que o paciente tenha um sistema imunológico saudável, minimizando os efeitos colaterais da quimioterapia e da radioterapia.
Um dos principais pontos são os antioxidantes. Eles são muito importantes na proteção das células do corpo contra danos causados pelos radicais livres que são produzidos naturalmente durante processos metabólicos e também podem ser gerados em resposta a fatores ambientais, como exposição à radiação ultravioleta e produtos químicos tóxicos.
Os radicais livres podem causar danos ao DNA, aumentando o risco de vida que pode levar ao câncer. Os antioxidantes podem ajudar a neutralizar esses radicais livres, prevenindo ou tolerando os danos ao DNA e o risco da doença.
Uma das conseqüências do desequilíbrio entre a produção de radicais livres e capacidade do corpo de neutralizá-lo é o estresse oxidativo. Ele tem sido associado a várias doenças, entre elas o câncer de mama. Os antioxidantes podem ajudar a diminuir esse tipo de estresse.
No entanto é preciso dosar o uso de antioxidantes, o excesso de suplementos ou dietas ricas em antioxidantes podem até aumentar o risco de câncer. Em excesso ele pode interferir nas vias de sinalização celular que ajudam a eliminar as células imunes, potencialmente permitindo que as células cancerosas sobrevivam e se proliferem.
O uso de antioxidantes naturais como frutas, legumes, nozes e sementes, em vez dos suplementos é a melhor opção. Uma dieta equilibrada e rica em nutrientes é fundamental para a saúde em geral.
Outro aliado são as fibras, elas ajudam na saúde digestiva e na prevenção do câncer de mama, promovendo uma digestão saudável e também oferecem benefícios na prevenção da doença.
As fibras são componentes vegetais que não são digeridos pelo corpo humano, passando intactos pelo trato digestivo. Com isso estimulam o funcionamento saudável do intestino, prevenindo problemas como constipação e síndrome do intestino irritável. Uma digestão eficiente é essencial para uma absorção adequada de nutrientes e para manter o trato gastrointestinal em bom estado.
Existem dois tipos de fibras: solúveis e insolúveis. As solúveis formam uma espécie de gel no trato digestivo, auxiliando na regulação dos níveis de glicose e colesterol no sangue. Já as insolúveis, ajudam a evitar a constipação, promovendo um trânsito intestinal regular.
Logo uma dieta rica em fibras está associada à redução do risco de câncer de mama. Elas auxiliam na regulação dos níveis hormonais, especialmente o estrogênio, que podem estar ligados ao desenvolvimento da doença. E também ajudam a manter um ambiente intestinal saudável, onde as bactérias benéficas prosperam e as substâncias potencialmente prejudiciais são eliminadas.
Outro fator essencial durante o tratamento do câncer de mama é fortalecer o sistema imunológico, pois ele desempenha um papel crucial na recuperação e na proteção contra a progressão da doença.
Frutas cítricas, alho, gengibre, iogurte probiótico, cenoura, chá verde, frutas vermelhas, nozes e sementes, salmão e vegetais de folhas verdes são alguns dos alimentos que fortalecem o sistema imunológico.
Vale lembrar que durante e após o tratamento do câncer de mama a nutrição desempenha um papel crucial, auxiliando nos efeitos colaterais do tratamento – que difere de pessoa para pessoa.
Para os pacientes com náuseas e vômitos, o melhor é optar por alimentos leves evitando alimentos gordurosos, picantes e com cheiros fortes. Beber água para se manter hidratado e experimentar alimentos gelados como picolés de frutas naturais é uma opção.
Para os pacientes com diarréia, consumir alimentos ricos em fibras solúveis, como aveia, arroz integral e banana madura. Evitar alimentos ricos em fibras insolúveis como frutas com casca e vegetais crus e beber bastante líquido são as principais indicações.
Já para combater a fadiga o melhor é manter-se hidratado, consumir pequenas refeições e lanches ao longo do dia – para manter os níveis de energia – que incluam proteínas magras, como peito de frango e peixes e leguminosas.
Outros sintomas são alterações no paladar. O melhor é experimentar diferentes temperos e condimentos para tornar os alimentos mais saborosos. Já a perda de peso pode ser revertida com a ajuda de uma alimentação equilibrada. Priorize alimentos ricos em nutrientes e gorduras boas, com abacates, nozes e azeite de oliva, iogurte natural desnatado e queijo cottage.
Após o tratamento o paciente pode praticar atividades físicas leves, conforme orientação médica e incluir frutas e vegetais coloridos na dieta, pois eles são ricos em antioxidantes que ajudam a combater os danos celulares e promovem a saúde em geral.
A conscientização sobre o câncer de mama não se restringe ao Outubro Rosa. É uma luta constante e o nutricionista é uma das peças fundamentais no enfrentamento da doença não apenas com orientação nutricional, ele oferece também apoio emocional, educando e capacitando o paciente a enfrentar o tratamento de maneira mais forte e saudável.
Autora:
Ana Paula Cony é nutricionista da Clínica NeuroVida.