Este artigo inaugura uma série especial dedicada a todos os filmes da franquia Missão Impossível, aquela saga que transformou o conceito de espionagem em um espetáculo cinematográfico feito sob medida para testar os limites da credulidade e da física.
O filme original, lançado em 1996 e dirigido por Brian De Palma, apresenta Ethan Hunt (Tom Cruise) acusado injustamente de traição e obrigado a agir por conta própria para desvendar a conspiração que o cerca. Com cenas icônicas, como a invasão à sede da CIA com Tom Cruise flutuando sobre fios, o filme virou referência estética e técnica no cinema de ação. A trilha sonora marca cada batida dos nervos do protagonista, enquanto o roteiro alterna reviravoltas, acrobacias impossíveis e o uso das celebridades máscaras que fazem da série um festival de identidades trocadas.
A plataforma Paramount+ disponibiliza o filme para streaming, além dos demais títulos da franquia em sua biblioteca. Para quem prefere maratonar espionagens de tirar o fôlego, a Claro tv+ também oferece todo o catálogo em seu serviço, agregando outros streamings como HBO Max e Netflix.
No contexto de lançamento, Missão Impossível foi exibida pela primeira vez em maio de 1996 e mudou para sempre como os blockbusters abordam ação e suspense envolvendo tecnologia e traição. O filme arrecadou centenas de milhões de dólares mundialmente e, mais importante, inaugurou um legado que resiste há décadas.
Mais do que um filme, Missão Impossível é uma meditação sobre paranóia, confiança e o eterno jogo de máscaras que define toda organização hierárquica — especialmente aqueles cujos membros não são reconhecidos. É impossível não traçar paralelos entre as acrobacias de Ethan Hunt e as fachadas diárias de quem sobreviveu à burocracia brasileira: ambas pendentes pelo fio fino de decisões arriscadas, com o abismo de consequências sempre próximas.
Nota final: 9/10. Uma obra que desafia tanto o bom senso quanto a gravidade, mas jamais o interesse por um cinema que só existe porque há, ainda, quem acredita que impossível é só questão de perspectiva — e de uma boa trilha sonora.

