Planejamento previdenciário garante segurança e benefícios futuros para mulheres
*Por Isabela Brisola
Mulher empreendedora enfrenta dificuldades para garantir aposentadoria e benefícios da Previdência Social devido à informalidade que atinge 66% das donas de negócio.
O Brasil tem hoje mais de 10 milhões de mulheres à frente de um negócio, segundo dados da PNAD Contínua/IBGE. Além disso, o país ocupa a 7ª posição no ranking global, com 32 milhões de empreendedoras, segundo o Sebrae. Muitas atuam em setores como estética, alimentação, varejo e hospedagem. Ademais, quase metade delas são chefes de família, responsáveis pelo sustento do lar.
O problema, entretanto, é a informalidade: mais de 8 milhões de mulheres estão expostas ao risco de não terem acesso à aposentadoria, pensão por morte, salário-maternidade ou auxílio-doença. Em contrapartida, apenas 18,6% das empreendedoras informais contribuem para a Previdência Social, o que evidencia um cenário preocupante.

Formalização é proteção
O MEI (Microempreendedor Individual) garante contribuição para aposentadoria e acesso a benefícios. Com faturamento anual de até R$ 81 mil e contribuição de 5% do salário mínimo, é uma alternativa acessível. No entanto, contribui apenas para aposentadoria por idade, sendo necessária complementação para aposentadoria por tempo de contribuição. Dessa forma, é fundamental que cada empreendedora avalie sua estratégia de recolhimento.
Tipos de contribuição
Facultativa: para quem não exerce atividade remunerada, mas deseja manter qualidade de segurada.
Deixar de contribuir significa perder a qualidade de segurada, o que pode impedir o acesso a benefícios em casos de acidente ou doença.
MEI: 5% do salário mínimo com direitos básicos.
Contribuinte individual: valores maiores para planejar renda mais alta no futuro.
Impacto dos atrasos
Deixar de contribuir significa perder a qualidade de segurada. Portanto, isso pode impedir o acesso a benefícios em casos de acidente ou doença. Além disso, atrasos dificultam o planejamento de uma aposentadoria estável.

Planejamento previdenciário
Cada empreendedora deve avaliar o tempo já contribuído, as lacunas e a projeção de aposentadoria. Assim, com a devida orientação, é possível complementar recolhimentos e aproveitar contribuições anteriores. Por outro lado, quem deixa de lado esse planejamento corre sérios riscos no futuro.
Empreender significa autonomia e sustento. Contudo, não pode significar abrir mão da proteção previdenciária. Para mulheres chefes de família, esse cuidado é ainda mais estratégico. Contribuir regularmente para o INSS, portanto, é investir em segurança, dignidade e tranquilidade.