Por: Tânia Garcia. (Pedagoga, Sexóloga e Educadora Menstrual)
Em um mundo, cada vez mais acelerado e distraído, onde as telas dos celulares roubam nossos olhares e as mídias sociais nos bombardeiam com estímulos constantes. Algo se faz, cada vez mais precioso e raro: a atenção verdadeira e genuína. Para esta autora, a atenção é a mais poderosa linguagem de amor!
É quando alguém olha nos meus olhos, não apenas enxergando minha presença física, mas especialmente, me sentindo na essência: minhas alegrias, minhas dores, meus sonhos, meus medos. É quando de formas multifacetadas, o outro (a) me diz: “Eu vejo você!”. Isso não se restringindo à palavras, mas sobretudo por gestos, uma escuta atenta, que permeia o ato da presença plena. Ser visto de verdade é uma experiência transformadora! É sentir-se validado (a), compreendido e acolhido (a) na mais plena complexidade e beleza.
É ter a certeza, de que somos importantes, de que nossa existência e presença, tem significado e propósito permanentes. Quando recebemos atenção autêntica, nos sentimos encorajados e como resultado, nos abrimos e compartilhamos nosso ser, nossas histórias e nos conectamos de maneira profunda.
A atenção cria um espaço seguro onde podemos ser vulneráveis, onde é possível nos despir, nos libertando das máscaras sociais e como consequência, nos revelamos como somos, sem medos, julgamentos ou rejeições. No amor, a atenção é o alimento que nutre a intimidade e fortalece os laços.
É por meio dos pequenos gestos de cuidado, da empatia, nas formas de se escutar e na presença genuína, que construímos relacionamentos sólidos e duradouros. Quando nos sentimos verdadeiramente vistos e compreendidos pelo outro, experimentamos uma sensação de pertencimento e conexão, os quais; vão muito além das palavras.
Mas, a atenção não se limita apenas aos relacionamentos amorosos, ela é fundamental em todas ás esferas da vida, na amizade, na família, no trabalho e na comunidade ao darmos á devida atenção ao nosso próximo, assim é reconhecido o verdadeiro sentido de humanidade e e valor intrínseco.
Ao permitir que sejamos vistos, nos abrimos ás possibilidades de conexão, autêntica e transformadora. Que possamos cultivar a arte da atenção em nossas vidas, que possamos olhar nos olhos uns dos outros com presença, empatia e curiosidade genuínas. Que assim possamos dizer: “eu vejo você!”, não nos restringindo ao uso de palavras, mas com nossas ações, tempo e dedicação.
Afinal, ser visto e ver o outro de verdade é um dos maiores tesouros da humanidade, da existência humana, na experiência humana. É a mais profunda linguagem do amor – um amor que valoriza, reconhece e celebra, a singularidade de cada ser.