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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Rio Grande do Sul: Entre as “lágrimas” da Natureza e o Lagrimar da Vida.

19A natureza criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados.

20Pois ela foi submetida à inutilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança

21de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da decadência em que se encontra, recebendo a gloriosa liberdade dos filhos de Deus.

22 Sabemos que toda a natureza criada geme até agora, como em dores de parto. (Carta de Paulo aos Romanos: 8:19-22).

A semana que se declina certamente ficará na memória do povo Gaúcho. A alta carga de pluviosidade descarregada pela natureza romperam não apenas às expectativas, mas sobretudo; romperam os limites imaginários das naturezas: humana e natural. Entre os transtornos que se acumularam, se acumulam um sem número de calamidades. Certamente, os rastros de destruição deixarão muitas marcas e infiltrações, no coração, na mente e na própria vida. No entanto; em meio a tudo isso é preciso compreender que a natureza já está no seu limite! Ou seja; não suporta mais, tanta soberba humana na busca de seus objetivos materiais e posicionais. Há muito tempo, a natureza geme! E, a cada acontecimento; o homem vira ás costas para a sua dor, e continua sua marcha rumo ao “desenvolvimento”, rumo ao “progresso” e com isso, tem acelerado o ritmo de sua própria destruição. Os estragos causados no momento atual, se vistos de maneira conceitual e racional; é fruto de muitas incongruências, que se arrastam por décadas e manifesta também; nossa pequenez, diante da força da natureza.

A palavra crise, originalmente é uma transliteração do termo “Crísis” em Grego, cujo significado, nada mais é; do que “escolha”. Há duas naturezas da escolha, a má (aquela que nos conduz aos aspectos negativos e consequentes), e a boa (aquelas que redundam e benefícios) principalmente, os benefícios pessoais, morais e espirituais. Essa crise hídrica tem convalescênças, nas escolhas feitas pelo homem, no transcurso de nossa própria história. A primeira escolha, sempre ou quase sempre tem respícios nas que virão. A escolha do primeiro casal, nossos ancestrais relatados na Bíblia foi traumática e desastrosa! Um filósofo conceituado fez a seguinte declaração: “toda coisa má é o resultado de uma coisa boa, que se corrompeu”. O homem é o responsável pela “corrupção” da ordem natural, pois não ocorrem tufões, terremotos, alagamentos, rompimento de barragens, etc. apenas por um embraveamento da natureza, mas sim; pelas escolhas humanas.

No versículo citado, o Apóstolo Paulo escreve a Timóteo, no sentido de estabelecer novos líderes para a Igreja, no entanto; haviam ali mulheres que falavam demais, e assim; corrompiam o ambiente local. Todavia, a semelhança dessas mulheres, os homens estão sempre “aprendendo” sem aprender, principalmente, se aprender é aquilo que se coloca na prática, aquilo que modifica minha forma de ser e agir. Com certa semelhança, aos alunos de hoje,”aprende-se” que devemos contribuir para a melhora do mundo, do cosmo que cede seu lugar ao habitat humano, onde se formam as comunidades, se desenvolvem às sociedades e dão identidade aos mundos: físico, mental e espiritual. O que devemos e Podemos aprender?

  1. Nada, absolutamente nada foge ao controle de Deus. (Jeremias 32:27) Não há nada demasiadamente difícil para o Senhor. “Eis que Eu sou o Senhor de toda carne, por acaso haveria alguma coisa demasiadamente difícil para mim?” É diferente dizer à alguém o que e como deve fazer, quando não se fez, porque nunca passou, mas posso dizer, porque já passei! E uma coisa posso dizer: “Todas as coisas cooperam para o nosso bem!” Não é loucura! é o que diz a sabedoria divina. Porque, a “loucura de Deus é mais sábia do que a sabedoria dos homens” e quando tudo isso passar, e a vida der sinais de “normalidade” você irá entender o que significa: “em tudo dai graças!”.
  2. O Homem precisa voltar a Deus. “Destituídos” estão da glória de Deus. Assim, como uma semente precisa de água para germinar, o homem precisa de Deus para produzir fruto, não um fruto qualquer, mas aqueles que são parte da natureza divina. O Fruto do Espírito. Frutos manifestam a sua natureza, a figueira só mostrou folhas secas, e folhas não alimentam á alma, principalmente; uma alma faminta como se encontra a alma humana.
  3. O Homem Renasce nas crises, mas continuará sempre em crise, se não nascer de novo. “Aquele que não nascer de novo não poderá entrar no Reino dos céus”. Jesus conversou com muitas pessoas em crise, desde crises sociais, políticas e espirituais, mas a acrise existencial, é nas quais, Ele mais atuou. A Mulher Adúltera: Entre a vida e a morte. “Mulher onde estão aqueles teus acusadores? Vai e não peques mais! Judas: Entre a ambição e a Traição da consciência. O valor de um escravo era trinta ciclos de prata (Ezequiel: 22.31) Quantas Moedas de Prata vale a sua consciência? A sua paz?
  4. NOS MOMENTOS DE CRISE É QUE SE REVELAM OS VERDADEIROS AMIGOS. João, o discípulo amado, amigo até o fim! Jesus passou pela maior crise que alguém possa ter passado, a crise é um tempo de mar revolto. “Pedro andando sobre ás águas” (Gritou de Medo). Ao contrário; o medo muitas vezes serve de freio para os nossos impulsos. Para terminar. Entre as lágrimas da natureza e o lagrimar da vida, sucumbimos se nossa vida tiver apenas aspectos naturais e humanos, nos ancorando, mas resistimos, renovamo-nos e nos reerguemos, quando firmados, na vontade, no propósito e nos desígnios de Deus. “Orai uns pelos outros” (Tiago 5:16-18). “Clama a mim e responder-te-ei, e anunciar-te-ei- coisas firmes e grandes, que tu não sabes”. (Jeremias 33.03). Deus nos abençoe!
Claudinei Telles
Telles
O autor é Mestrando em Ciências Educacionais (UNIVERSIDADE LEONARDO DAVINCI - PY). Bacharel em Teologia. (Faculdade Teológica Sul americana - FTSA). Licenciado em: Filosofia, Teologia, História e Pedagogia. E especialista em: Orientação Educacional, Teologia Bíblica, Ciência da Religião e Neuropsicopedagogia. Atuou por alguns anos, no Ministério Pastoral, Ensino de Teologia e Educação secular, nos níveis Fundamental e Médio.

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