Estação do metrô.
Multidão.
Gente que vai e vem…
Rostos sem nomes.
Formigueiro pulsando pela sobrevivência.
Terno e gravata: Espelho do meu rosto.
Traje da minha alma.
A grife dos meus óculos é conhecida;
tristeza é seu nome!
Olho nos olhos de cada um.
Não reconheço ninguém.
Ninguém me conhece.
Presente, passado e futuro.
O coração pulsa forte.
Como se quisesse falar.
Passa desapercebido.
Choro baixinho, sem única lágrima.
Fico numa estação qualquer.
Eles se vão, todos… Estou só.
Aparentemente vivo.
Por dentro: esmagado pelo
Metrô da civilização…
Autor:
Jaeder Wiler