Tem dias que a gente acorda com uma preguiça, não é mesmo? Tiramos a cabeça para fora do cobertor, olhamos para o mundo e em seguida, nos cobrimos novamente, na esperança de retornarmos ao lindo e maravilhoso mundo dos sonhos, onde podemos fugir da dura realidade que enfrentamos diariamente…
Hoje é um desses dias para mim… dormi igual uma pedra… deitei-me ontem às nove da noite e só fui acordar agora de manhã, às seis horas… meu Deus, que vontade de continuar embaixo dos cobertores macios e quentinhos por mais umas doze horas, pelo menos… ainda mais que está um pouquinho frio nesta manhã…
Meu horário normal de acordar é três horas da manhã, mas nos últimos dias estou relaxando um pouco e estou levantando cinco, cinco e meia… se é bom, porque descanso um pouco mais, o lado ruim é que tenho que correr para dar conta de todos os afazeres diários… mas essa folga logo acaba e terei que retornar para minha rotina costumeira…
Quando temos uma rotina onde tudo se encaixa perfeitamente e começamos a quebrá-la, isso significa duas coisas… ou estamos cansados da roda viva em que vivemos e precisamos relaxar um pouco, ou estamos cansados da roda viva em que vivemos e não conseguimos mais seguir o ritmo que estávamos acostumados… nos dois casos nosso corpo se cansou e, ou damos um tempo ou acabamos em parafuso, perdidos dentro de nós mesmos, sem saber o que fazer…
Devo confessar, estou cansada… mas não posso me dar ao luxo de esmorecer… não nesse momento. Há muitas coisas que precisam de minha atenção e se eu as deixar de lado, acabarei por criar um novo problema… e o grande perigo para mim é não conseguir gerenciá-lo a contento e ficar perdida, sem conseguir visualizar a solução. Afinal, tenho pessoas que dependem de mim, de minhas decisões…
E esse é o ponto chave… nada do que fazemos na vida influencia apenas nossa rotina… somos todos interligados e qualquer ação que tomamos interfere também na vida das pessoas que gravitam ao nosso redor. Ou seja, mesmo que não percebamos, somos responsáveis por várias vidas além da nossa, e por esse motivo não podemos simplesmente agir segundo aquilo que achamos ser melhor para nós, para nossa vida… porque de repente isso pode não ser bom para o grupo como um todo… e o grupo é importante, não o elemento que o compõe…
Sim, é duro admitir, mas cada gesto, cada ação tem suas consequências. Boas ou más, elas interferem no grupo como um todo. Pois isso é viver em sociedade…