A Inteligência Artificial (IA) ganhou destaque recentemente, mas segundo o CEO da Heineken Brasil, a tecnologia já desempenha um papel significativo no cotidiano da empresa há um considerável período. Suas aplicações abrangem desde a utilização da IA em conjunto com dados de previsão para antecipar a coloração da cerveja e determinar se um produto será padronizado, até a implementação da tecnologia no sistema de gestão de qualidade, visando reduzir desperdícios e otimizar o abastecimento.
A gigante holandesa também emprega a IA em sua plataforma B2B para aprofundar a compreensão de seus mais de 200.000 clientes por meio da análise de dados. Esses avanços refletem um investimento expressivo de R$4,5 bilhões realizado pela Heineken no Brasil nos últimos anos. Somente em 2023, destinaram-se R$1,6 bilhão para expandir a produção de suas marcas, com foco especial nas marcas Heineken e Amstel.
Dentro desse montante, R$80 milhões foram alocados para duplicar a produção da 0.0, a cerveja sem álcool, que se tornou líder de vendas nesse segmento nos EUA. Além disso, a empresa está atenta ao desempenho da Amstel Vibes, uma bebida que marca sua incursão na categoria ready-to-drink, atualmente dominada pela Skol Beats da Ambev.
No que diz respeito às participações de mercado, a Ambev encerrou o ano anterior com 58% no mercado total de cervejas, em comparação com os 29% da Heineken. Contudo, no segmento premium, a empresa holandesa conquistou uma participação de mercado de 45%, superando os 28% da Ambev.
Olhando para o futuro, em 2025, a Heineken planeja inaugurar sua 15ª fábrica no Brasil, localizada na cidade de Passos (MG). Esta unidade promete ser uma das mais tecnológicas da empresa em nível global, reforçando o compromisso da Heineken em manter-se na vanguarda da inovação e eficiência.
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