Uma das mais tradicionais commodities, a venda de farinha cai em todo Brasil em 2023 com exceção de SC, que registra vendas de 9,7% do item na cesta de mercearia básica
São Paulo registrou venda de apenas 3% do volume de venda
Um estudo realizado pela Scanntech, líder em inteligência de dados para o varejo, aponta que a região Sul do Brasil é a que mais consome farinha de trigo do País. Em 2023, o volume de venda nos supermercados e atacarejos do produto no Sul teve como média 8,5%, ultrapassando a média nacional que é de 5,1%. Entre os estados, Santa Catarina ficou em primeiro lugar com 9,7%, o Rio Grande do Sul com 8,9% e Paraná com 7,7%. Um dado interessante apresentado na pesquisa é que São Paulo registrou apenas 3,0%.
No preço, as massas de forma geral estão 12,8% mais caras no Brasil. Itens como biscoitos acompanham e registram inflação de 11,1%. Os números mostram que exceto a região Sul, todo o país registra queda no consumo deste item em 2023 na comparação com 2022. O item dentro da cesta de Mercearia Básica é um ingrediente versátil e amplamente utilizado em muitas culinárias. Seu uso vai da panificação e massas até o espessamento de molhos e sopas.
Com a guerra na Ucrânia, um dos dez principais produtores de trigo do mundo, o volume produzido do grão caiu pela metade no país do Leste Europeu. Isso provocou uma lacuna no mercado global, aumentando a necessidade de independência do Brasil na produção do cereal. Fato que comprova essa busca pela autonomia é que segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em setembro deste ano, a atenção dos produtores estavam todas voltadas para o clima – devido à ocorrência de chuvas no Sul do país, principalmente no Rio Grande do Sul, mediante a maior suscetibilidade de danos devido aos estágios das lavouras no estado gaúcho. Apesar das adversidades climáticas, a entrada da nova safra com a boa evolução da colheita no Paraná atuou como fator de pressão e as cotações apresentaram desvalorizações.
Sobre a Scanntech
Originária do Uruguai, a Scanntech chegou no Brasil em 2013 e cresceu rapidamente, sendo usada por 8 em cada 10 top varejistas e por mais de 180 das maiores indústrias. Revolucionando o modo de se usar informações de mercado, a companhia desenvolveu uma plataforma de inteligência granular, ágil e acionável, que permite a identificação das maiores oportunidades, alavancando os resultados do varejo e da indústria e dos distribuidores e aproximando os parceiros comerciais. Ao todo, analisa dados, ticket a ticket, de R$ 680 bilhões do varejo alimentício brasileiro por meio de uma base robusta e granular de mais de 40 mil PDVs automaticamente, sem manipulação humana, para oferta de insights.
Autor:
Nicolas Tamasauskas