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domingo, 21 de abril de 2024

Esporotricose: qual o tratamento adequado para a doença que está atingindo milhares de gatos e humanos no Brasil?

O aumento repentino de casos da doença preocupa autoridades; saiba como prevenir seu pet de contrair o fungo

A esporotricose é uma doença causada por um fungo que tem acometido muitos gatos e sua ocorrência tem aumentado nos últimos anos, provocando um alerta em  especialistas da área de saúde humana e animal. O aumento de casos dessa doença, classificada como zoonose, tem sido observado em vários estados do país, com destaque para São Paulo (que apresentou este ano aumento de 40% no total de casos registrados em relação ao ano anterior) e Paraná (onde o registro saltou de 1.242, em 2022, para para 2.887 em 2023). Apesar do alerta feito pelo infectologista e coordenador do Comitê de Micologia da Sociedade Brasileira de Infectologia Flávio Telles  indicar que a enfermidade está se espalhando de forma descontrolada no Brasil, não é possível saber com precisão os números totais de infecções visto que esta zoonose não é uma doença de notificação compulsória em muitos estados, isto é, não é obrigatória a notificação para órgãos municipais e federais de saúde quando diagnosticada.  

Os gatos atuam como portadores do fungo Sporothrix brasiliensis nas garras, saliva e sangue, tornando-se vetores da doença. A esporotricose pode ser  transmitida por felinos contaminados para cães, outros gatos e seres humanos por meio de mordidas, arranhões e do contato com as lesões dos infectados. 

De acordo com o médico-veterinário da Petlove Pedro Risolia, o gato semi domiciliado, ou seja, aquele que tem uma vida mista entre residir uma casa mas têm acesso livre para sair para a rua, apresenta importante relevância na disseminação da doença. “Os tutores devem dar uma atenção especial para os felinos não castrados que buscam a rua com mais frequência, pois esses podem se contaminar ao cavar buracos depois de defecarem e ao afiarem as unhas em árvores e plantas”, alerta. O veterinário da Petlove também comenta que outra forma de contaminação são as brigas, pois um felino contaminado pode transmitir a doença para o outro através de arranhões. Isso acontece, em sua maioria, com os pets não castrados, que ficam mais suscetíveis a disputas por territórios. 

O controle da doença envolve medidas como impedir o acesso de gatos às ruas, realizar a castração, tratar animais infectados e evitar o abandono de gatos doentes. “É importante lembrar que os pets não são culpados pela disseminação da doença, mas sim vítimas. Portanto, a educação dos tutores sobre o manejo adequado é essencial para prevenir a propagação da esporotricose”, afirma Pedro.

A evolução da enfermidade costuma ser rápida, principalmente nos gatos. Ela pode variar de uma simples lesão de pele passível de regressão espontânea, até uma forma grave da doença devido à disseminação por via sanguínea ou linfática. Portanto, é importante ficar atento aos sintomas, como feridas profundas na pele (geralmente com pus) que não cicatrizam e evoluem rapidamente, além de espirros frequentes. 

Em seres humanos, o principal sintoma inicia-se com feridas que não cicatrizam e a evolução ocorre, principalmente, pela forma linfocutânea, na qual além das lesões de pele pode haver comprometimento dos vasos linfáticos. Sintomas frequentes da doença são tosse, falta de ar, dor ao respirar e febre. Atenção aos indivíduos imunossuprimidos, pois o fungo possui maior capacidade de se disseminar sistemicamente via corrente sanguínea, afetando diversos órgãos e tecidos. Nos cães, a esporotricose é considerada rara, sendo a forma cutânea a mais comum.

Segundo o especialista da Petlove, o tratamento da doença é feito com antifúngico de fácil acesso em estabelecimentos comerciais e públicos de saúde. Porém, esse medicamento deve ser receitado por médicos-veterinários e, portanto, em caso de suspeita, é primordial procurar imediatamente um veterinário. A mesma recomendação é dada aos seres humanos que apresentam sintomas de esporotricose. O portal oficial da Fiocruz recomenda que a dose do remédio deve ser avaliada e administrada por profissionais da saúde. 

Cuidar da saúde do pet é uma demonstração de amor e carinho. Por isso é importante que ele faça consultas regulares a veterinários e um checkup de exames, para evitar o agravamento de doenças como a esporotricose. O Grupo Petlove oferece planos de saúde acessíveis a partir de R$19,90 por mês, sem distinção de idade, raça, porte ou doenças pré-existentes. Com cobertura abrangente, os planos para cães e gatos garantem a saúde e o bem-estar do pet, incluindo consultas, exames e vacinas, proporcionando tranquilidade para tutores e animais de estimação.

Sobre o Grupo Petlove

Fundada em 1999, a Petlove iniciou suas atividades como um e-commerce, pioneiro no setor no país, e hoje se consolida como o primeiro ecossistema pet no Brasil. Atualmente, a companhia engloba outras frentes de negócios, como saúde, hospedagem e serviços, sempre focada em oferecer soluções completas para tutores e pets, seja no mundo virtual ou presencial. Com as frentes de planos de saúde e os serviços da DogHero, a companhia conecta a jornada do cliente, que pode resolver todas as questões relativas ao pet em um só lugar. A empresa também tem forte atuação no segmento B2B e busca a valorização dos profissionais do setor, com soluções voltadas a médicos veterinários e petshops, empreendedores e pet sitters, fortalecendo todo o ecossistema pet por meio das plataformas de conteúdos técnicos e auxílio ao médico veterinário e de gestão de negócios com as marcas Vet Smart e Vetus, respectivamente.

Autor:

Gustavo Mattos

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