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segunda-feira, 22 de abril de 2024

Competência Emocional

Como Distinguir Inteligência de Emoção? Qual é a Influência da Inteligência Sobre a Emoção? Quais as Principais Consequências da Emoção Nas Profissões e Nas Carreiras? Qual a Principal Razão das Pessoas Serem Demitidas Nas Organizações?

Antes do surgimento do livro “Inteligência Emocional” (Daniel Goleman), a emoção era considerada apenas como um fator da personalidade, parte da natureza humana que determina os comportamentos das pessoas influenciados pelos sentimentos e caráter. Assim como McClelland nos trouxe o novo conceito de competência, Goleman nos brindou com o conceito da inteligência emocional. E são as pressões do mundo moderno que fizeram esses novos conceitos adquirirem grande importância agora.

Sem a pretensão de rigor técnico e sem a preocupação com seu aprofundamento teórico, mas sim como forma de contribuir para um melhor entendimento desses assuntos, pode-se distinguir inteligência de emoção. Inteligência é a manifestação da razão e emoção é a manifestação do sentimento. A primeira é produto do cérebro e a segunda do coração e sistema nervoso.

A inteligência pode controlar as emoções e, as emoções, podem afetar a inteligência. Sendo assim, a influência da inteligência sobre a emoção é que determina a competência emocional (por isso mesmo também chamada de inteligência emocional). Do ponto de vista de resultados de relacionamento e comportamento, a inteligência pode evitar (ou minimizar) efeitos negativos (ou indesejáveis) de manifestações da emoção.

Uma expressão de Goleman sugere que se possa chamar inteligência emocional de competência emocional: _ “seu desafio é controlar nossa vida emocional com inteligência. Nossas paixões quando bem exercidas têm sabedoria, pois orientam nossos pensamentos, nossos valores e nossa sobrevivência”. Nesta afirmativa, a ideia de “administrar” as emoções com vistas a resultados, está subjacente. Tal como as ideias subjacentes de resultados no uso de conhecimentos, aptidões e habilidades, o que os caracteriza como “competências”.

Consequências da Emoção Nas Profissões e Carreiras

Alguns estudiosos de RH vêm afirmando que a personalidade é mais importante (e decisiva) para o sucesso profissional do que o conhecimento. Este é um ponto a considerar e muda os tradicionais critérios de seleção e promoção de pessoas nas organizações.

Mas, até agora tem-se dado muito peso aos fatores intelectuais e de conhecimento para decidir-se sobre admissões. E, as razões que fazem as pessoas perderem os cargos, serem encostadas ou demitidas, são quase sempre de caráter emocional. Isso ocorre com profissionais tecnicamente competentes que são promovidos a cargos gerenciais, os quais encontram dificuldades de exercerem essas funções, por razões de natureza emocional.

Observação: Um trabalho bem característico da necessidade de se ter competência emocional é o dos atendentes de empresas aéreas em balcão de reservas de passagens. Esses profissionais recebem diariamente desrespeitos por falhas de outros funcionários ou problemas fora de seu controle e, se não tiverem controle emocional, paciência e tolerância não ficam muito tempo em seus cargos.

 

Exemplos de Competência Emocional

 

Competência emocional é saber controlar irritação, nervosismo e agressividade. É não reagir violentamente no trânsito, nem reagir a um assaltante armado. É saber dosar entusiasmo e euforia, além de saber manter o bom humor em situações complicadas. Competência emocional é saber administrar expectativas exageradas e ambiciosas. É saber fazer concessões em relação a seus interesses, privilégios, “engolindo sapos” para preservar relações ou negócios. Competência emocional é fazer com que:

  • O otimismo supere o pessimismo
  • A persistência supere o desânimo
  • A automotivação predomine sobre a frustração
  • A alta autoestima vença a baixa autoestima

Sendo assim, os dirigentes, os gerentes, os administradores de Recursos Humanos e os selecionadores de pessoal precisam aprender muito sobre aspectos da personalidade humana e inteligência emocional, e sua relação com as atividades profissionais. Portanto, se a inteligência emocional fosse mais desenvolvida, haveria menos discórdia entre as pessoas, menos desentendimento nos lares, nas empresas, na sociedade e – certamente – haveria mais paz no mundo.

https://www.facebook.com/juliocesar.s.santos

Julio Cesar S Santos
Professor JULIOhttps://profigestaoblog.wordpress.com/
Professor, Jornalista e Palestrante. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial, especialista em Marketing Estratégico

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