Em um universo de startups em crescimento, a área de marketing se torna cada vez mais fundamental para se destacar em meio à concorrência, construir uma reputação, gerir informações de clientes e ganhar visibilidade na busca por atração de investimentos. Nenhuma startup é exatamente igual, o que significa que as estratégias de marketing também variam. Mas todas as ações bem-sucedidas incluem quatro componentes-chave: metas, foco no público, pesquisa de mercado e controle de orçamento.
O mundo dos negócios está sempre mais competitivo. Para se destacar nesse cenário, é necessário ter foco em resultado. Quando se fala em dados, o fluxo é cada vez maior e ainda é um desafio calcular com exatidão as transações de uma startup.
Segundo informações do Social Good Brasil (SGB), o volume de dados criados nos últimos anos é maior do que o produzido em toda a história da humanidade. Além disso, a produção das informações dobra a cada dois anos. Em 2021, chegou a 350 zettabytes, o equivalente a 35 trilhões de gigabytes.
Para ampliar esse controle e conquistar as melhores vantagens, é necessário criar um trabalho de qualificação de oportunidades por meio da utilização de banco de dados, viabilizando visualização mais clara de oportunidades de negócios entre as empresas e a criação de um mailing qualificado para a estratégia de inbound marketing.
Nesse sentido, as plataformas de business intelligence podem ser grandes aliadas para gerir dados com mais inteligência. Vivemos na era da hiperconectividade, em que essas informações dizem muito sobre o ambiente de negócio, as tendências de mercado, os hábitos e os comportamentos. Quando usado do jeito certo, o marketing de dados se transforma em relatórios visuais e intuitivos, com repercussões relevantes.
Com a tecnologia certa, diferentes aspectos da operação podem ser mensurados com métricas e indicadores, como comportamento de leads, performance de vendas, margens de lucro, taxa de aceitação, entre outros. As informações levantadas podem ser usadas para gerar insights e melhores escolhas; ainda podem ir além do que é feito tradicionalmente: a pura mensuração de resultados.
Diferentemente do marketing digital, no qual existem apenas inúmeras informações de diversas ferramentas, o marketing orientado por dados é o processo em que todas essas informações são analisadas para a tomada de decisões mais assertivas.
Entender que os dados podem e devem ser usados além da perspectiva tradicional é o primeiro passo para avançar. Existem práticas que vão fazer toda a diferença nos processos, como compreender o padrão dos clientes e dos consumidores que ainda não se converteram como clientes. Além disso, é possível usar essa estratégia internamente para aumentar a performance da equipe por meio de métricas, analisando primeiramente os resultados atuais e interpretando-os para colocar em prática novas medidas até alcançar o ponto de melhoria ideal.
Dados não são apenas números externos. São gerados a todo momento também dentro da empresa. Usá-los a seu favor permite segmentar melhor o público-alvo, selecionar os canais com melhor performance e produzir conteúdos certeiros para atrair mais leads, impactando diretamente a jornada dos consumidores, a performance e a imagem da startup.
No marketing digital, quando a análise de dados não é utilizada, decisões podem ser tomadas pelo viés da experiência, por exemplo. Mas se a cada dia produzimos mais informações e o comportamento do consumidor muda, quais são as chances de esse feeling estar errado? Contra dados, não há argumentos. Sendo assim, é possível visualizar de forma clara o que realmente atrai e funciona para o seu público e como conduzi-lo ao longo da jornada de compra.
Com a implementação do marketing de dados, as campanhas e decisões não serão feitas baseadas em achismos ou tendências; contarão com informações relevantes e de fontes confiáveis: o próprio público e a interação com ele.
Autora:
Patrícia Zanlorenci, CEO da Vellore Ventures, braço de inovação do Grupo Vellore .