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terça-feira, 30 de abril de 2024

Noções de Etiqueta Empresarial

Qual é Origem Etimológica da Palavra Etiqueta? Qual é a Relação Existente Entre Etiqueta e Regras de Comportamento? Por Que a Etiqueta é Importante na Competição Por Vagas de Trabalho Entre Dois Candidatos Com Igual Capacidade Técnica?

Etiqueta é um conjunto de regras cerimoniosas de trato entre as pessoas e que são estabelecidas a partir do bom senso, do bom gosto e, diferentemente do que muitos pensam, essas regras NÃO são um privilégio de determinada classe social, pois qualquer pessoa pode aprendê-las e fazer delas uma ferramenta a seu favor.

É importante considerar que, nesse mundo altamente competitivo, a pessoa que cultiva os bons modos tem mais chances de ascensão pessoal e profissional. Todo homem bem-sucedido sabe disso. O comportamento fino e de bom gosto certamente faz a diferença entre o sucesso e o fracasso; entre avançar ou ficar para trás. Viver com cordialidade e segurança no trato social é algo que parte de uma importante premissa: conhecer a si mesmo e a cultura do ambiente onde vivemos.

Pode parecer estranho, mas a “etiqueta” – que é sinônimo de “boas maneiras” – e a “etiqueta” fixada nas roupas, tem a mesma origem etimológica. Em muitos países como França, Estados Unidos, Alemanha, Espanha e Portugal, o vocábulo empregado para designar o código de comportamento é o mesmo: “etiquete”. O termo deriva do verbo francês estiquer, que significa anexar, e nasceu como l ?estiquette, ou seja, anexo.

Pilhas de papéis, sacos de dinheiro ou de farinha recebiam uma estiquette para identificar seu conteúdo, peso ou procedência. No século XVII, na corte absolutista de Luiz XIV, a burguesia emergente ousava se aproximar da vida palaciana e, para evitar constrangimento durante jantares ou outras cerimônias, os convidados passaram a receber, anexado ao convite, um bilhete – uma etiqueta! – com dicas de como se comportar conforme a ocasião. Pela primeira vez a palavra etiqueta era empregada para designar um código de conduta.

Para que se tenha certeza da existência das boas maneiras, basta que se saiba que a primeira obra a tratar do tema encontra-se na Biblioteca de Nova York, apresentada em papiro datado de 250 anos a.C.

Quando se fala em etiqueta é comum associar essa palavra a regras restritas, às essências mais elevadas da sociedade, algo fora do alcance da grande maioria das pessoas. Se essa foi por muito tempo uma visão predominante, há muito tempo também, já foi deixada de lado.

No século XXI, a etiqueta deve ser entendida como um importante elemento da formação individual, capaz de disciplinar a atitude de cada pessoa em relação ao próximo, deixando de ser privilégio daquelas pessoas outrora “bem situadas” na vida e que frequentavam ambientes requintados.

Felizmente, o que era destinado a uma pequena elite, foi expandido a um grande grupo social. Hoje podemos dizer que etiqueta é a consolidação de estética, de postura, de valores, de linguagem, de cultura, de respeito ao próximo, de sentimentos (natos ou adquiridos), mas que fazem parte de nossa vida, tornando-nos especiais e admirados por aqueles com quem convivemos no dia-a-dia.

São normas de comportamento que estão associadas à conduta e sua importância reside em tornar o indivíduo mais confiante e bem preparado para enfrentar circunstâncias que, de outra forma, poderiam fazê-lo se sentir pouco à vontade. Enfim, a etiqueta está estreitamente ligada à educação, ao convívio familiar, à escola, ao trabalho e ao ambiente social propriamente dito.

As regras que aprendemos sobre o assunto devem ser colocadas em prática como um hábito de vida, sem artificialismos, afetação ou mesmo quaisquer atitudes pedantes. Todos os nossos atos devem ser naturais e demonstrados em todos os momentos, pois não podemos ser refinados em um ambiente e mal-educados em outro.

Mas, ao longo dos tempos a etiqueta sofreu modificações, tornando-se mais maleável, acompanhando as transições das épocas. Essas mudanças aconteceram tão depressa, que muitas vezes não conseguimos distinguir entre uma atitude descontraída e a pura displicência.

Depende muito das circunstâncias, do bom senso e do grau de amizade e/ou intimidade entre as pessoas, pois, se no passado, o desempenho das boas maneiras era importante, o que diremos agora quando vivemos num mundo tumultuado e inquietante?

Isto é tão importante que na competição do mercado de trabalho entre dois candidatos com igual capacitação técnica, tem maiores chances àquele com visual e trato mais agradáveis. No caso da mulher, por exemplo, que há muitos anos deixou de ser o sexo frágil e passou a assumir papel importante em todas as esferas, mas a ela, sempre será dispensada a expressão “primeiro as damas”. Então, de um modo geral:

  • Na competição do mercado de trabalho, entre dois candidatos com igual capacitação técnica, tem maiores chances àquele com visual e trato mais agradáveis.
  • Etiqueta é o conjunto de regras que resultam no comportamento das pessoas – é cultural, é regional.
  • Etiqueta e protocolo são partes integrantes de toda cerimônia, mas não são a mesma coisa.
  • O protocolo é regido por Leis e Decretos; a etiqueta (boas maneiras), por regras e normas.
  • Etiqueta é exercício de liderança.
  • Etiqueta existe em todas as classes e níveis sociais: índios, negros, religião, esquimós (que oferecem a mulher).
  • Os ingredientes da etiqueta são a Cordialidade e a Hospitalidade.
  • Um dos mais antigos costumes em matéria de etiqueta é a troca de presentes. Significa paz e amizade.
  • O descaso no uso das boas maneiras suscita o desrespeito. É muito fácil desrespeitar-se uma autoridade, mesmo sem maldade, mas pela ausência de boas maneiras ou desconhecimento delas. ? Boas maneiras são o lastro do Cerimonial.

Portanto, pode-se afirmar que o sorriso, o gesto, a cortesia, a palavra amiga, o convite, o aperto de mão, o muito obrigado, o por favor, a retribuição, o agradecimento, ou um simples olhar generoso, nunca foram tão necessários quanto hoje em dia.

http://www.profigestaoblog.wordpress.com

Julio Cesar S Santos
Professor JULIOhttps://profigestaoblog.wordpress.com/
Professor, Jornalista e Palestrante. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial, especialista em Marketing Estratégico

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