22.2 C
São Paulo
sábado, 23 de novembro de 2024

“O corpo na fala”: como superar traumas e vícios

Sempre se tratou a questão da razão, da fala, como “coisa espiritual”, “coisa da alma”, negligenciando, assim, o corpo, que era reduzido a uma espécie de “cárcere da alma”, “prisão do espírito”. Convém “valorizar o corpo” no que se refere à razão, à fala, isto é, à consciência, pois a nossa existência se dá na interação corpo/ ambiente. Uma consciência jamais se relaciona com outra se não mediante a “corporeidade” (ou “corporalidade”), pois o outro é o “outro” mediante o corpo, ou seja, mediante a “corporeidade de suas subjetividades”. A intersubjetividade, o encontro e entrelaçamento de consciências”, ocorre quando “duas ou mais corporeidades” se aproximam. “Corpo”, aqui, é não somente no sentido de organismo constituído de carne, ossos, músculos…, mas também e, principalmente, no sentido de “concretização”, ou “objetivação das subjetividades” do outro na relação comigo e das minhas na relação com o outro. Sem a “corporeidade” -e mesmo o corpo propriamente dito- não haveria divisão, não existiria o “ele” e o “outro”, o “tu” e “eu”, isto é, não haveríamos! Não existiríamos! De maneira metafórica podemos dizer se tratar da “corporeidade da alma”; a consciência “toma forma no corpo” do outro que a traz até mim e no meu que a leva ao outro.

Autor:

Cesar Tólmi – Filósofo, professor de Filosofia, psicanalista, jornalista, artista plástico autodidata, escritor e idealizador da Neuropsiquiatria Analítica.

Donwload:

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Leia mais

Patrocínio