22.8 C
São Paulo
sexta-feira, 26 de abril de 2024

Onze aforismos de Ariel Von Ocker

I

O cabo do machado é da mesma madeira da árvore que derruba. 

II

Quando o mundo desabou, não senti nada. Não foi transcendência. Foi cansaço. 

III

Trinta dias de guerra. E o mundo segue igual….

IV

A última palavra que me escapou da boca trouxe ao mundo a expressão do que eu nunca disse.

V

A língua dos tolos é uma arma mais afiada do que a katana do melhor samurai. 

VI

Ah….os instantes de silêncio antes da tempestade. 

VII

Como fogo, Queima o silêncio Das horas quePasso em tuaAusência…

VIII

Os sonhos fazem a noite ou a noite faz os sonhos?

IX

Para onde vão os sonhos não sonhados?Que se fazem com as palavras jamais ditas, as juras de amor reticentemente guardadas e os olhos que se fecharam antes da última mirada?

X

Os estrangeiros não têm língua. 

XI

O ser nunca se limita a ser tão somente aquilo que é. 

Autoria:

Ariel Von Ocker é escritora, psicanalista, poliglota e acadêmica de Letras e História. Também já trabalhou no teatro como dramaturga e atriz. Autora com seis livros publicados, atua desenvolvendo pesquisas na área da psicanálise, literatura sob perspectivas historiográficas e estudos deIkebana gênero.Atualmente é editora-chefe na Revista Ikebana, redatora no Jornal Tribuna e colunista no Instituto Brasileiro de Psicanálise Clínica, além de participar da iniciativa Projeto Simbiose, juntamente com Michelle Diehl e Cristina Soares.Contato: @ariel_von_ocker

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Leia mais

Patrocínio