Quem colhe o que planta, encontra a raiz?
Observo, cada vez mais, como é o ciclo diário de algumas pessoas; como o dia se transforma em semanas que viram meses, e ao passar de ano não veem mudanças em suas vidas, enquanto eu, tampouco vi elas se transformarem.
De que adianta, então, cobrar do universo algo que cabe a si próprio. Por que cobrar de uma santidade se nada a ela tem a oferecer. É tão fácil esperar receber aquilo que não se deu…e ainda pior, sem perceber.
No entanto, eu, mera espectadora da vida alheia ao meu redor, vejo detalhadamente como certos acontecimentos nada mais são do que frutos colhidos perante circunstância plantada. Talvez seja mais simples enxergar no outro do que em nós mesmos, mas ainda que invisível, cabe o questionamento ao pensamento: estou de alma e consciência limpas? E quando a resposta for instantânea, sem meias palavras, sem ter o que duvidar ou ponderar, também haverá felicidade.
Uma alma tranquila sabe de suas conquistas e vislumbra a vitória de todas as batalhas a seguir, mas não se deixa cair, independente dos inimigos, pois sabe que um duelo limpo é a energia para recarregar o espírito e manter-se vivo.
Que a autorreflexão seja um exercício diário tão frequente quanto o hábito de se alimentar, sem nos torturarmos, e para apenas enxergarmos nosso jardim interno e assim rega-lo daquilo que lhe falta. Pois o alimento da vida é o que almejamos conseguir.