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sábado, 22 de junho de 2024

A simetria da vida.

A transformação que ocorre em nosso corpo ao longo da vida é deprimente. Nascemos com um corpo tão delicado, tudo tão novinho, tão fofinho, mas o tempo é tão cruel com este corpo que o transforma a cada dia que passa, tanto que ao longo dos anos seu produto final nem se compara com sua origem, pois o novo se transformou em velho e a delicadeza e fofura demudou-se para rude, murcho, áspero e desgracioso. Nascer não teria sentido algum se não fosse o segundo elemento de nossa vida: A alma. Se por um lado o corpo regride em seu aspecto ao longo da vida, por outro o desenvolvimento da alma é magnifico. Quando estamos ainda nenê somos totalmente dependentes, fortemente egoístas por querer que o mundo gire somente ao nosso redor e ao nosso favor, extremamente carentes e exigentes de toda atenção. Com o passar do tempo começamos a achar que somos donos de nosso próprio nariz e que ninguém tem nada a ver com o estilo de vida que vamos construindo. Aquela alma que nasceu tão terna pode até se transformar, no futuro, em algo tão amargo, tão azedo. Mas não importando no que ela se transforma, uma coisa certa acontece: O seu desenvolvimento. Ela não é mais aquela pessoa ignorante de quando nasceu, pois amadureceu.

Pensando nestas coisas é difícil não emergir em nossa mente a intrigante pergunta: Qual é o sentido da vida? Por que Deus criou o corpo a quem vemos destinado a envelhecer e um dia morrer e a alma a quem não vemos ao amadurecimento e ser perene? Para encontrarmos resposta a esta pergunta precisamos sair do escopo físico e partir para o escopo espiritual. Na área física nascemos sem conhecimento, frágil e totalmente dependentes e partimos rumo ao desenvolvimento do corpo e a construção de nosso caráter. Na área espiritual nascemos perdidos e temos a oportunidade de, ao longo do caminho, reencontrarmos o que perdemos no princípio: Deus!

Esta é a razão pela qual todos nós andávamos (ou andamos ainda) sem destino, totalmente perdidos, caminhando pela contramão da estrada da vida, se afundando cada vez mais em um abismo sem fim, sofrendo com a perda total da razão de viver e por causa disso tudo que fazia parte de nossa vida eram loucura e tristeza; assim nossa alma vagava (ou vaga ainda) na escuridão das trevas. Todos nós vivíamos (ou ainda vivemos) assim, porque todos nós fomos feridos no espinho do pecado. A Bíblia diz: Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram (Rm 5.12). Adão estava nos representando e quando ele pecou nós pecamos também. Por causa disso nossa alma se separou da comunhão com Deus pela morte espiritual e nosso corpo foi destinado ao envelhecimento e, por fim, a morte física.

Até que, finalmente, um dia tudo mudou na vida de quem se reencontrou com Deus. Das garras da morte fomos resgatados pelo Senhor que um diz nos convenceu do pecado e nos mostrou a verdade que estava ofuscada em nossos olhos. O dia que isso aconteceu nos despertamos de um pesadelo e voltamos novamente a viver em comunhão com Deus. A Bíblia confirma isso quando nos diz: Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor (Cl 1.13). Deus juntou nossos pedaços e nos cruzou pela ponte entre a morte e a vida. Do lado de lá ficou o que afrontava a Deus, do lado de cá tudo se renovou. Nada mudou no corpo a não ser a promessa da ressurreição, quando receberemos um novo corpo o qual jamais envelhecerá e jamais passará novamente pela morte. Quanto à alma, ela foi purificada e recebeu vida e paz.

Por esta razão testemunhamos a transformação de vida que ocorreu em nós, justamente àquilo que Paulo nos fala quando diz: E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas (2 Co 5.17). Quem está em Cristo está muito bem, apesar de que um dia estava perdido. Hoje ele é luz, mas um dia foi trevas. Hoje ele é sal, sua vida tem sabor, mas um dia sua vida foi insípida. Hoje ele é fonte de água, um oceano de bênçãos, mas um dia foi uma fonte seca. Hoje caminha pela estrada da vida, mas antes navegava a deriva. Toda essa transformação aconteceu porque Jesus consertou a sua vida que estava torta. E assim como a desgraça de Adão passou a todos nós, a vitória de Jesus na cruz alcançou a todos. É o que Paulo quer nos dizer quando diz: Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida (Rm 5.18). Lembra-se do corpo que envelhece e se transforma a cada dia até morrer? Fomos colocados neste casulo por Deus com o objetivo de um dia sermos salvos por ele. Todos nós temos esta oportunidade na vida a qual é limitada à nossa morte de sorte que todos nós precisamos passar por esta metamorfose. Depois disso nos renovaremos como uma borboleta. Já aproveitou suas oportunidades e alcançou a salvação? Pense seriamente nesta pergunta.

Bibliografia:

Bíblia Sagrada. Traduzida em português por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Sociedade Bíblica do Brasil.

Autor:

Luiz Lobianco, Formado em Letras pela Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR. Pós-graduado em Metodologia Científica do Ensino Superior pela Faculdade de Rolim de Moura – FAROL.

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