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quinta-feira, 25 de abril de 2024

O capitalismo dos sentimentos

Não é uma grande novidade o que eu vou te contar, mas sempre é bom afirmar o óbvio em um mundo que ainda tem gente anti vacina: vivemos em um mundo capitalista.

E isso quer dizer muitas coisas, e uma delas pode ser a frase do meu pai: “quem manda nesse mundo depois de Deus, é o dinheiro”. Alguma coisa nesse nível assim. Eu já condenei constantemente essa frase, e fujo de uma vivência que dê palco pro capitalismo, mas também não sinto que orgulho à ideologia capitalista. Mas esta introdução longa não vem falar sobre o que realmente eu gostaria de escrever nesta segunda curuçaense e chuvosa. Mas gostaria de falar sobre a relação do capital em situações não tão expositivas e nem de tanta análise de estudos sociais. No último sábado aconteceu a final de um campeonato municipal, eu planejei me divertir com muitos queridos neste dia, passei o fim de semana inteiro, rezando para que eu me sentisse plena, eu já estava me sentindo bem há alguns dias, devido a mudança de rotina que já conversei com vocês, e só me faltava um lindo sábado para completar uma boa semana, teve roupa nova e tudo.

Eu não tinha time favorito ao chegar lá, mas já me identificava com uma narrativa de uma turma em particular e isso se concretizou mais ao chegar no campo, cartazes que incitavam injustiça no primeiro quadro do jogo. Uma injustiça com cifrão em um cartaz feito a mão, disparou mais o sentimento de que naquele sábado, eu vestiria o vermelho do time da última comunidade curuçaense na PA rumo à Belém que eu sempre esqueço o número. Eu já sabia da narrativa toda sobre aquela atitude revoltada da torcida, mas foi mais esclarecedor ouvir de tantos outros torcedores revoltados, a cada grito de guerra mais meus pelos se arrepiavam e eu pensava ta aí, o capital pode comprar um finalista, mas não vai comprar o amor por um time, o amor por jogadores que passaram o ano todo treinando pra esse dia chegar.

É talvez, o dinheiro esse um deus na terra, mas o amor é o seu deus rival, e essa última divindade, é a minha favorita.

Autora:

Caroline Macieira Modesto 

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