CULTURA ORGANIZACIONAL INOVADORA: O reflexo da relação colaborador-empregador no crescimento da Empresa.

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É inegável que o primeiro passo para conhecer uma Empresa é conhecendo antes a sua estrutura organizacional. O que estabiliza a estrutura é a cultura, sendo, portanto, impossível conhecer uma sem adentrar nas especificidades da outra.

A cultura empresarial deve compreender não somente suas normas e políticas internas, senão também os seus valores éticos e morais; para que esse conhecimento ocorra de forma efetiva, deve-se contar com o melhor vínculo entre ela e seu funcionamento, ou seja, o empregado.

A preocupação de quem emprega deve compreender que além da contraprestação e do ritmo de trabalho, importa aos colaboradores os valores corporativos que refletem positivamente na condição humana com que são vistos, e, assim, agem como reflexo à realização pessoal e profissional.

Deve-se enfatizar que os envolvidos em uma organização empresarial buscam não somente pela realização profissional como também pela pessoal, tornando uma tarefa impossível separar um interesse do outro, pois, centrar na satisfação de um colaborador é refletir inevitavelmente na satisfação do cliente final.

Mas, como tornar possível uma satisfação que transcende o interesse monetário e atinge a esfera particular de cada um?

A árdua tarefa de responder a um simples questionamento, respalda-se na crescente necessidade de ser reconhecida a importância de humanizar a visão empregada à relação colaborador-empregador.

Isso porque, até mesmo a terminologia “empregado”, utilizada até então pela própria legislação trabalhista, carece de revisão, ou seja, adotar a expressão “colaborador” vai além de apenas reconhecer que o papel exercido por quem cumpre com as funções atinentes ao funcionamento da empresa, não apenas trabalha, mas colabora com o desenvolvimento e crescimento dela.

Tal importância respalda-se na Organização Internacional do Trabalho, que apresenta em sua essência o maior desafio consistente em humanizar o direito trabalhista, que mesmo presente no século XXI, ainda enfrenta um avanço tímido em implantar a prevalência da humanização nas relações laborais.

A passos lentos, alguns empregadores já passam a entender que a igualdade e os direitos humanos devem independer de normas coercitivas, tendo em vista que tais valores são conceitos que evoluem juntamente com a globalização.

Com o mundo moderno, a premissa de internalizar com as relações sociais um padrão que abarca a maneira como enxerga de forma humanizada seus colaboradores, é colocar a empresa em um patamar que especifica a natureza dela a nível internacional.

Os direitos dos que laboram devem ser o reflexo da necessidade de toda uma sociedade, como resultado de sua evolução; o alcance de sua aplicabilidade integra uma ferramenta concreta para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, de forma a abranger as relações sociais diretamente impactadas por essa mudança.  

Deve-se compreender, portanto, a linha tênue que divide a satisfação pessoal com a profissional, estando estes umbilicalmente ligados à aceitação do público-alvo. E para que isso seja possível, é impreterível, que a cultura organizacional seja inovadora a ponto de integrar suas práticas com um conjunto de princípios que condicionem involuntariamente as práticas e as percepções de seus colaboradores, para que possam compartilhar no desempenho de suas funções, a satisfação de participar ativamente do crescimento da empresa.

Por: Karina Braz Batista

Advogada Contratualista;

Especialista em Contratos e Direito Empresarial;

Mestre em Direito Internacional da Empresa.

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