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segunda-feira, 15 de abril de 2024

A regra do jogo

As normas escolares existem para controlar o ambiente escolar. A indisciplina causada por pouca influência que os adultos exercem sobre nós adolescentes nos incentiva a cometer “burradas” por conta da falta de atenção dos responsáveis, mas não vamos colocar toda a culpa neles, boa parte também refere-se a nossa ingenuidade, total falta de interesse nos estudos e a insuficiência de maturidade diante de alguns atritos. Sabemos o que realmente é necessário, precisamos obedecer e seguir as regras visando a preparação para o futuro apesar da sociedade ser egoísta e nem um pouco altruísta, sendo que todos já passaram por essa fase.

Regras em excesso faz com que os jovens saiam do controle. É certo que toda escola tenha normas, mas estabelece-las é um risco. A juventude deve aprender a separar à vida pessoal da escolar é justamente por isso que à maioria entra em colapso, talvez seja por conta desse fato que nos comportamos de maneira “inadequada”, não é mais grave do que pensamos, mas as pessoas simplesmente ignoram. A ampliação da psique deve ser repensada e “tratada como tal”, com atenção.

Os comportamentos agressivos são originados pelo estresse do dia a dia ,à indisciplina é vista como um problema da juventude, nesse contexto um ambiente repleto de diretrizes é sinônimo de abuso e exagero, obviamente uma escola precisa de normas porém se rígidas de mais podem piorar o estado do estudante, problemas em casa afetam ainda mais à vida escolar, uma advertência ou suspensão vai oprimir o aluno e é exatamente isso que gera uma reação, seja ela boa ou ruim, uma conversa pode resolver, varia de caso a caso. Se o aprendiz recebe um aviso ele desenvolve um sentimento de sufoco e o medo cresce, mas na visão ampliada dos mais velhos isso se chama poder e auto controle da situação, porém ter medo ou receio não é ter respeito por alguém não existe um culpado nesta sentença logo que são apenas campos e visões diferentes, os adultos já passaram por essa fase e de modo algum se colocam no nosso lugar, isto é uma falta de interesse, tanto da parte dos responsáveis quanto da nossa. A verdade levada a sério é a reputação, não somos nós que construímos à ideia de quem somos e sim o que os outros pensam e acham de nós.

Existe uma certa confusão quando falamos em ter disciplina, não é uma questão de quem é mais educado ou melhor em relação ao desempenho, as próprias regras impostas dentro da unidade escolar pode causar um comportamento rebelde, a repulsa e o desinteresse em assimilar o conhecimento mas o que realmente “quase ninguém” faz ideia é que o principal feito indutivo é simplesmente a própria opressão ,os alunos praticamente são obrigados a seguirem regras severas, por um lado está correto pois na vida pós-escola a sociedade é diferente ,temos que aprender a conviver e respeitar o próximo pois na sociedade existem diversas opiniões, talvez alguns não enxergam da mesma forma e outros concordam sendo essa a realidade. Aprendemos a ter disciplina pelo simples fato “temos que encarar a realidade nua e crua”, percebemos assim a presença da estupidez.

Nunca em hipótese alguma alguém afirmou que podemos ser mais que estudantes e alunos, ser um gênio sem precisar seguir as regras, por exemplo Isaac Newton não era considerado um aluno exemplar pela perspectiva do sistema escolar mas a sua capacidade cognitiva e criativa o permitiu destacar-se dos outros e mesmo assim ele estava fora dos padrões escolares e normativos, de maneira semelhante, Galileu Galilei questionou as regras que a igreja impunha na sociedade, sugerindo uma visão científica e clara, essa ideia era vista como grave indisciplina, o intelecto de Galileu era como uma “pedra no sapato de alguém”, outro gênio da ciência que foi acusado de ser indisciplinado foi Albert Einstein, o físico alemão só começou a falar aos quatro anos de idade e aos sete aprendeu a ler, os professores e seus pais achavam que ele possuía alguma morbidade mental e o mesmo comprovou que era um gênio, em nenhum momento essas questões o impediu de ser um incrível cientista e ganhador do prêmio Nobel de física em 1921.

A questão não é “bater de frente” com os adultos e sim mostrar que podemos obter sucesso sem o auxílio de regras com as normas a nossa mente sofre um curto circuito pois são muitas informações para serem processadas. Então se aceitarmos calados corremos o risco de inibir nossa capacidade de ser e de pensar diferente afinal todos cobiçam o poder para que estejamos sob o controle deles “não causando problemas”.

A verdade é que querem e desejam mais que tudo nos domar transformando-nos em “robôs” com receio de que nos tornemos altamente desenvolvidos, podemos considerar que se fossemos gênios eles iriam se sentir ameaçados, não precisamos que nos ensinem respeito pois se seguirmos essa linhagem vamos dar continuidade a essa asneira, ninguém precisa ser o vilão do término dessa história. Iremos buscar nossa capacidade máxima beneficiando a sociedade ou continuaremos os mesmos? Essas escolhas só dependem de nós.

Autores:

Ana Carolina Santos Oliveira
Carlos Eduardo Santos Oliveira

2 COMENTÁRIOS

  1. Há não apenas um “conflito de gerações” mas, uma ausência da capacidade de compreender e se colocar, no lugar do outro. Há coisas que mudam com o tempo, mas há coisas, que o tempo não apaga. Compreensão, solidariedade e humanização, são insubstituíveis, como também; o tempo não pode apagá-las. Tudo que é imposto não subsiste, porque a consciência não é imposta, mas sim, é uma condição de percepção pessoal e individual, de cada ser, e isto; independe de tempo, de idades e de personalidades.

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