Ney Matogrosso, o mesmo que já cantou a Bomba de Hiroshima, transformando-a em a “Rosa de Hiroshima”, uma alusão à Bomba lançada pelos Americanos, também; cantou em uma de suas músicas: “…É por debaixo dos panos…!”. Na Câmara dos Deputados, até aquilo que se vê, esconde algo que você não vê, e em nenhum lugar neste país, o ditado que diz: “Que nem tudo que você vê é”, cabe perfeitamente no ambiente político do Congresso Nacional. Ontem, dia 11 de Março, de 2021, foi um desses dias, em que; nem tudo que parece é. A PEC autoriza, o gasto de 44 Bilhões, e também; recria uma nova rodada de “auxílio” Emergencial, cujo título, não corresponde, nem com a “pressa” em votar o referido auxílio, como também; vai de encontro, a própria natureza do termo.
O “Auxílio” que de “Auxílio” não tem nada; principalmente; quando comparado aos valores a seres transferidos à população com direito de recebê-lo, nem também; se coaduna e corresponde, às necessidades prementes da população em situações extremas de dificuldade social. Enquanto, o Brasil, ainda for reduto de manipulação das massas, os que legislam e governam, esse país; continuarão agindo, como o ex-jogador Romário, disse em certa oportunidade: “O Flamengo finge que paga, e eu finjo que jogo”. E, ontem tivemos, uma clara demonstração, que nem tudo que se vê, é realmente como se é; e pior ainda, “É por debaixo do pano que a gente faz”, uma alusão que se enquadra perfeitamente, na maneira em que, tanto o governo, como a maioria dos deputados, tratam seus eleitores, e de forma mais expansiva, o povo Brasileiro.
Por debaixo do pano, se esconde, aquilo que o povo, em sua imensa maioria não vê, pois; enquanto tivermos uma povo despolitizado, alienado; quanto às práticas e o transcorrer político, enquanto houver, um aniquilamento do engajamento político e participativo, da maior parte da população, muitas coisas por “debaixo do pano” vai acontecer!
A demonstração catalogada, pelo painel de votação, bem como; a própria votação em si; demonstram, uma total dissociação, entre o real e o ideal, entre o querer o bem e fazer o bem, em especial, no que se refere, às necessidades provenientes, das dificuldades. Dos votos registrados, 341 votaram a favor, e 121 contra, com 10 abstenções. Com clara demonstração de insatisfação, quanto aos valores, como também; às medidas que desta PEC, provinham, como: o congelamento de salários dos servidores públicos, além; da não criação de novos concursos públicos, o que se vê, é que o “auxílio” é apenas, um instrumento do governo, afim de instituir, aquilo que lhe aprouver.
Gostaria de saber, o que uma dona de casa, compra com 175 reais, 250 reais e 375 reais? Nem a cerveja mencionada, pelo ex-presidente Lula, muito menos a picanha, esta apenas nos sonhos e na imaginação da população mais pobre. Vale lembrar, que o primeiro ato, do Prefeito de São Paulo, Bruno Covas, a frente do executivo municipal, foi aumentar o seu próprio salário, estendendo, tal benefício, ao seu secretariado.
Enquanto tivermos ministros da saúde, em um colapso mental, dentro de um ato falho gerencial, e envolto por uma ótica de ilusão existencial, colapso não será colapso, assim, como para este governo, morte não é morte, são apenas números. Como a fome, se vê pelos números, como o desemprego se conta pelos números, mas; a realidade; ainda que os números tentem escondê-las, o fato, é que a realidade, sempre triunfará, como a verdade, sempre há de prevalecer. Infelizmente, a música cantada por Ney Matogrosso, não é apenas uma letra, nem tão pouco, uma miragem; mas, sobretudo; é a verdade nua e crua, de um país, em que: “É por debaixo do pano” que a gente faz (políticos), e é “debaixo do pano” para ninguém saber.
Por; Claudinei Telles.