O “risco do negócio” representa um percentual considerável para o evento presente na grande maioria das empresas, que pretendem ingressar ou expandir o mercado.
É compreensível a dúvida quanto a entrar em um campo desconhecido, de onde é possível arriscar-se e, ainda assim, não alcançar o êxito desejado.
Além disso, ainda que a empresa traga consigo anos de experiencia exitosa em suas produções e alcance de mercado, não há como ficar isento da interferência da época.
Demonstrar estar disposto a correr o risco de acompanhar a intensa “metamorfose” que o campo social exige, é estar disposto a encarar certas perdas ou a simplesmente alavancar o reconhecimento no mercado.
Não há como ignorar que as gerações chegam cada vez mais voláteis quanto aos seus gostos, no entanto, empreendedores prescindem a ideia que essas mesmas mudanças incluem apreciar o prático ao custoso.
Se tal consideração não fosse o suficiente, ainda haveria que garantir que adiante dos gostos atuais, estaria a busca pela lealdade do público que passaria então a admirar e a reiterar o consumo do produto oferecido.
Ainda que a tradição seja um ponto importante a considerar, não se deve esquecer que a cultura na atualidade traz consigo novos conceitos, onde já não se vê somente as tradições, mas também passa a enxergar as referências interculturais, sejam elas, as relações internacionais que incluem diversos blocos culturais passados entre gerações.
O modelo de negócio da empresa do futuro, deve ser fluente e com grande adaptação; na prática, deve significar ter estrutura, procedimento e colaboradores que se adaptem a essas mudanças.
Para que tal inovação seja possível, é necessário investir em profissionais que estejam atentos às transições do mercado, a fim de sobreviver a todos os requisitos de forma ampla, dinâmica e globalizada.
Quando se fala em “mudança “, fala-se em todas as inovações que devem ser absorvidas para que o cenário metamorfórico seja incorporado de maneira indispensável.
Para tanto, as empresas adeptas à atualidade são bem-vindas, não mais para a era da mudança senão para as mudanças de uma nova era.
Talvez o autor da frase gravada em uma placa de mármore, no pátio da Academia de Ciências da California, já soubesse de tudo isso ao aludir que as espécies vivas que sobrevivem não são as mais fortes nem as mais inteligentes, mas sim as capazes de adaptar-se e ajustar-se às demandas e desafios contínuos do meio ambiente; e fazemos parte disso.
Hoje, as empresas operam em um entorno muito mais complexo e competitivo que em qualquer outro momento na história da humanidade.
É incontestável que os mercados estão cada vez mais inter-relacionados, impondo às organizações expandirem seus limites de tecnologias, convidando as grandes corporações a revisarem seus modelos de negócios atuais.
Para o êxito de uma empresa, ainda que de pequeno ou médio porte, deve-se entender que atualmente se vive a etapa de uma sociedade heterogênea e com diferenças significativas, sejam elas inter-culturais ou apenas de gerações, não podendo ignorar tamanha relevância na tomada de qualquer decisão.
Uma empresa exitosa deve trabalhar e investir em uma atualização sem preconceito, cujo acesso ao que se produz abarque o interesse geral, cobrando-se tal importância inclusive ao alcance, continuidade e ao crescimento de seus rendimentos.
Não há tergiversar em considerar que as mudanças organizacionais devem ser parte da rotina empresarial e que em um mercado em constante mudança, o que não se adapta fica para trás.
A necessidade apresentada pela inovação do negocio, coloca oficialmente de encontro o risco do negócio ao fracasso, propondo irrefutavelmente que a empresa que se arrisca, deixa uma tradição virar história.
Por: Karina Braz Batista
Advogada Contratualista;
Especialista em Direito Empresarial e,
Mestre em Direito Internacional da Empresa.