Ele estava desempregado há bastante tempo: sem dinheiro, e sem lugar para morar; um perdido no mundo. Cabisbaixo caminhava por uma rua arborizada pensando em como sair daquela situação. Tinha em mãos dois exemplares do livro de poesias que escrevera quando ainda era um cidadão respeitável.
Então o destino sorriu-lhe. Como o vento que não avisa quando vai soprar, uma garota loira, com idade próxima dos 30 anos se aproximou, e perguntou. Você vende livros? Ele balança a cabeça acenando que sim.
A partir daí iniciou-se um papo agradável e dinâmico: ela se apresentou como pintora e que morava sozinha e por perto. Convidou-o para um café na sua casa. Ele prontamente aceitou.
Em sua cabeça a imagem positiva, que dizia: Deus existe, e está se manifestando.
Ele tomou o café e passaram a conversar sobre os quadros que ela pintava. A noite chegou e a convite, ele aceitou dormir naquela modesta casa. Pensou! Nada tenho a perder…
Dormiram, ela na cama. Ele no sofá! Isso depois que ele leu algumas de suas poesias para ela.
Inesperadamente, agora que ela sabia a situação precária que ele estava, ela convidou-o para morar um tempo com ela.
Pela manhã ela disse que sairia para trabalhar, como governanta em um bairro nobre, do outro lado da cidade. E num gesto ousado entregou-lhe as chaves da casa, e disse: faça uma cópia., volto no final de semana…
Feliz da vida, ele fez a cópia das chaves e depois pegou alguns quadros dela e foi vende-los na avenida mais badalada da cidade. Queria fazer uma surpresa para ela, e havia tempo para isso.
Os quadros despertaram atenção de quem passava. Ele se apresentava como pintor, e que estava ali, vendendo os quadros de sua mulher, também pintora. Conseguiu um bom dinheiro, e voltou para aquela casa cheio de alegria, não vendo a hora de compartilhar com sua nova amiga e protetora o feito.
Chegou o final de semana, e nada dela voltar. Sei saber o que fazer, decidiu comprar mantimentos com o dinheiro dos quadros, e que iria esperá-la, como combinado.
Passaram-se três dias depois do final de semana que ela disse que voltaria e nada da sua anfitriã aparecer. Foi dormir mais uma noite apreensivo e sem nada entender. Ao amanhecer bateram na porta, um senhor de aproximadamente setenta anos se apresentou como proprietário do imóvel.
E contou que desde que sua inquilina tinha morrido a casa estava fechada. Como isso pode ser, indagou? Sentiu calafrios por todo o corpo. O medo tomou conta do jovem. Então quem era a moça que conheci e que abriu a casa para mim?
Não sei meu amigo, disse o homem. Mas você precisar se retirar, decidi alugar a casa novamente.
O senhor, pode descrever essa inquilina. Sim. Era loira, jovem, olhos verdes, 1. 73 de alturas aproximadamente, e era pintora. Há um mês ela faleceu de repente.
O senhor não vai acreditar, mas a moça que me trouxe para essa casa, era exatamente igual a sua descrição. Será que me enamorei de um fantasma?
Autor:
Jaeder Wiler