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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Ecos da Ausência

Uma canção ecoa pelos cômodos
Da minha casa vazia,
Canção saudosa da minha alma
Suspirando pelas caricias que passaram qual ventania.

Uma canção tão doce
Que faz um beija flor pousar na minha janela,
Esperando encontrar o néctar que buscava,
Mas só acha oceânicas lágrimas de tristeza.

As garrafas de vinho quase caem
Quando a minha canção toca nelas,
E as taças se espatifam no chão
Delicadas como inebriantes lábios de princesa.

A minha canção atravessa o meu peito
Rasgando como flechas o meu coração,
E uma luz brilha na carne aberta,
A luz da alma imaculada de solidão.

Autor:

Márcio Lobo

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