Atravessando tempestades.
Vejo crianças de todas as nacionalidades…
São ainda bebês – cheios de ingenuidade.
Nas florestas, fazem fogueiras.
Corro para apagar os incêndios.
Nas praias, se hipnotizam com as ondas.
Corro para que não morram afogadas.
No alto das montanhas, criam asas.
Corro para lhes ensinar que não são pássaros.
Na cidade, brincam de bandidos e mocinhos.
Vez ou outra as cenas são reais.
Como nas telas do cinema e da televisão, fazem suas guerras.
Tento lhes ensinar que não são soldados.
O tempo as torna grandes…
Como eu, mas ainda crianças.
Ai! Ajoelho-me e clamo a magia divina para que suas novas
brincadeiras, não transformem a terra em pó
sem nenhuma forma de vida…
Autor:
Jaeder Wiler
Excelente prosa, parabéns.