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quarta-feira, 24 de julho de 2024

Resolvendo a largura de banda e os investimentos na rede de computadores

Os negócios modernos dependem cada vez mais de recursos de máquinas e sistemas para operar de maneira eficiente toda a estrutura empresarial, desde as estações de trabalho até os servidores de aplicações que funcionam localmente ou na nuvem, e não importa o tamanho da empresa: sempre será necessário ter controle sobre o consumo dos recursos de TI e a largura de banda da rede é um dos aspectos-chave desse cenário e precisa ser ajustada de forma adequada para garantir o fluxo adequado de aplicações e sistemas de dados.

Caso contrário, surgirão gargalos que podem paralisar as atividades das equipes em todas as áreas da empresa, impactando na operação e colocando em risco a capacidade de entregar produtos e serviços no tempo previsto e contratado pelos clientes.

O correto funcionamento dos fluxos de rede deve estar no topo das prioridades do administrador de rede, mas esta competência não deve se resumir a apenas este profissional. Quando os gestores financeiros desejam entender os motivos pelos quais é necessário investir na contratação de novos recursos tecnológicos é vital para o gestor de rede ter a visão completa de tudo que se passa em sua estrutura de TI. Por isso, o conhecimento sobre os fluxos da rede passa a ser uma das prioridades do negócio, e não apenas da turma de TI.

São três os principais motivos para picos de largura de banda de rede e que podem afetar o desempenho das aplicações e computadores, duas delas relacionadas à tarefas que são executadas em segundo plano, enquanto o usuário tenha realizar suas tarefas e enfrenta lentidão de sua estação de trabalho:

– As atualizações automatizadas do sistema ou de aplicativos podem causar gargalos e congestionamento da rede devido à quantidade de largura de banda que utilizam;

– Os backups agendados durante o horário comercial, afetando os usuários em suas atividades. Neste caso, é importante que as empresas mantenham backups de seus dados, mas agendar esses backups durante o horário comercial pode causar picos de largura de banda desnecessários.

– A terceira tem a ver com as tentativas de invasões de rede e ataques de malware. Até mesmo a execução de antivírus pode emperrar os computadores.

Para executar corretamente suas funções, os gestores de TI necessitam ter à sua disposição informações sobre o que acontece com as aplicações, os servidores e as estações de trabalho. Para isso dar certo, é necessário ter em mãos as ferramentas com capacidade de realizar esta mediação em toda a infraestrutura de TI e de coletar, armazenar e analisar os dados da rede e obter informações sobre o tráfego e o desempenho dos dispositivos e das aplicações.

Existem várias soluções disponíveis que permitem a análise de fluxo na rede, como NetFlow, sFlow, IPFIX, Netstream, J-Flow e AppFlow, que possibilitam que os dispositivos de rede, como roteadores e switches, exportem os dados dos fluxos de rede para um coletor ou analisador, e pode ser um software ou um hardware dedicado.

A análise do fluxo de rede oferece inúmeros benefícios para as empresas:

Identificação de gargalos: a análise de fluxo permite identificar as origens dos gargalos, identificando quais aplicações e equipamentos estão com problemas e precisam ser ajustados.

Resolução de problemas: a análise de fluxo ajuda a detectar e resolver problemas como congestionamentos, perdas de pacotes, latências, jitter, entre outros. Ela permite localizar as causas raízes desses problemas, possibilitando a aplicação das soluções adequadas.

Segurança de rede: a análise de fluxo também ajuda a prevenir ameaças à segurança da rede, como ataques DDoS, intrusões, anomalias e malware. Por meio da análise preditiva e da detecção de anomalias, é possível identificar e mitigar essas ameaças.

Planejamento de capacidade: a análise de fluxo auxilia no planejamento da capacidade e do crescimento da rede. Utilizando relatórios históricos e tendências, é possível estimar as necessidades futuras de largura de banda e recursos da rede, garantindo que a rede esteja preparada para suportar o crescimento da empresa.

Além desses benefícios, a análise de fluxo na rede oferece outras vantagens importantes:

Monitoramento em tempo real e histórico: permite monitorar o tráfego da rede em tempo real e também analisar o histórico de fluxo. Isso possibilita identificar as origens, destinos, aplicativos, protocolos e padrões de demanda de tráfego.

Segurança avançada: a análise de fluxo também contribui para a detecção e prevenção de ameaças à segurança, como ataques DDoS, intrusões e malware. Aplicando técnicas de análise preditiva e detecção de anomalias, é possível antecipar e mitigar essas ameaças de forma proativa.

Otimização da qualidade de serviço (QoS): a análise de fluxo permite otimizar a qualidade de serviço, garantindo alto desempenho para aplicações e serviços críticos. Utilizando técnicas de modelagem de tráfego e monitoramento de SLA IP, é possível garantir que os requisitos de desempenho sejam atendidos.

Portanto, a análise de fluxo de rede é essencial para garantir o bom desempenho das atividades dos administradores de rede, fornecendo uma visão detalhada do ambiente tecnológico. Essa análise também permite justificar, quando necessário, os investimentos necessários para manter a infraestrutura de TI em pleno funcionamento.

Os gestores financeiros (CFO), por sua vez, apreciam essa abordagem, pois os investimentos em recursos financeiros sempre precisam ser justificados ao receber informações tangíveis e dados concretos sobre a necessidade de investimentos na infraestrutura de TI, facilitando a tomada de decisões e a alocação de recursos financeiros de forma mais eficiente.

Do lado das finanças, garantir uma gestão inteligente de TI poderá garantir que os investimentos sejam alinhados com os benefícios que as ferramentas que serão adquiridas a pedido do gestor da rede de computadores. Elas devem facilitar aumentar a eficiência, resultando em produtividade e maior capacidade da sua competitividade em um muito de negócios altamente volátil. Uma infraestrutura de TI emperrada não irá permitir que isso aconteça.

Autor:

Dyogo Junqueira. Especialista em Gestão de TI e Vice-Presidente da ACSoftware, parceira ManageEngine no Brasil.

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