15.5 C
São Paulo
sábado, 27 de julho de 2024

Estruturas provisórias: prática sustentável e econômica para festivais de música

O ano de 2023 já pode ser considerado o da música. Após cancelamentos e adiamentos de shows e festivais em razão da pandemia do COVID-19, a temporada cultural voltou com tudo. Já são mais de 33 eventos confirmados, com um line-up que varia entre artistas nacionais e internacionais. Em paralelo, o planejamento em relação às estruturas que recebem esses espetáculos é essencial.

Com o mercado à procura de inovações tecnológicas, o uso de estruturas provisórias se tornou uma grande aliada para esses eventos, já que podem ser utilizadas para as mais diversas finalidades, desde casas modulares até grandes eventos no setor do entretenimento. 

Festivais como o Lollapalooza já são adeptos desta prática. A 10ª edição usou de estruturas provisórias nos dias de evento. Realizado no Autódromo de Interlagos, o palco principal foi construído em um espaço cheio de elevações e morros, o que auxiliou a visão do público para os shows. 

A facilidade no uso de estruturas provisórias está no fato de poderem ser montadas e desmontadas de forma rápida e econômica, além de serem reaproveitáveis e, consequentemente, mais sustentáveis. 

A sustentabilidade se tornou uma preocupação inevitável para o mercado, sendo assunto cada vez mais frequente no desenvolvimento de projetos. Um estudo realizado pelo United States Green Building (CBC) em 2020, revelou que o Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial de países que mais possuem obras sustentáveis no mundo.

Materiais renováveis, como o aço 100% reciclável, também têm se tornado matérias-primas para a construção dessas estruturas. O The Town, por exemplo, festival que será realizado entre os dias 2 e 10 de setembro, em São Paulo, contará com material na construção do palco principal, da tirolesa e de outras estruturas do evento. 

O uso de aço reciclável, além de diminuir o impacto ambiental na extração dos minérios de ferro, também reduz a quantidade de matéria-prima e energia utilizada na produção. Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) mostrou que mais de 40% da energia elétrica consumida no país é voltada para a construção civil. 

Com uma anuência cada vez maior de festivais e shows, a tendência é que a utilização de estruturas sustentáveis nesse ramo cresça ainda mais. Além disso, quanto maior a consciência de mudança e uso de ações sustentáveis, mais evidente ficam os esforços empreendidos por uma empresa/organização/instituição para contribuir com o meio ambiente. São iniciativas positivas para a imagem dos envolvidos e, principalmente, para o processo de construção de um mundo melhor para todos nós.

Autora:

Tatiana Fasolari é vice-presidente da Fast Engenharia, maior empresa de overlays da América Latina.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Leia mais

Patrocínio