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sábado, 29 de junho de 2024

Dependência de remédios: Especialista fala sobre “caso Petra da Novela Terra e Paixão”

Os padrões que envolve o comportamento do dependente de remédios, como apresentados pela personagem “Petra” na novela “Terra e Paixão), são considerados dependência química, (transtorno por uso de substância) por caracterizar uso descontrolado que afetam o estado mental e quando o indivíduo não é mais capaz de controlar a própria vontade.

Segundo Tatiane Paula, Psicóloga Clínica, um dos padrões observados é a tolerância de consumo, necessidade de aumento da quantidade de remédios, sem prescrição e sem limites, e mudanças comportamentais (estreitamento de repertório). O indivíduo tem uma sensação de bem estar apenas se usar remédios, disfunção do sono e humor se não os tomar, dependência emocional em relação às crenças que a pessoa estabelece se usar remédios. Por exemplo: só consigo dormir se usar remédios, só consigo me acalmar se tomar remédios, só consigo ser produtiva se tomar remédios).

Sintomas de abstinência: arrepios, tremores, oscilações de humor, oscilações do sono, dores musculares, perda apetite, entre outros sintomas de interações a depender do tipo de substância estimulante SNC (sistema nervoso central) ou depressora SNC. Inclui-se período marcado por ausências e conflitos familiares, em decorrência do estreitamento do repertório (quando todas as volições da vida gira em torno do uso e não há atividades agrega qualidade de vida).

A dependência do uso de analgésicos costuma ser mais comum, porque a princípio é medicamento prescrito para conter dor após acidente ou alguma lesão e a interação desse medicamento SNC e, portanto, a sensação de analgesia pode levar indivíduos a aumentar a dosagem para obter a mesma sensação de alívio experienciada inicialmente (quando prescrita) o ato de tomar por conta própria desenvolve tolerância de consumo. Os opiáceos são medicamentos com efeitos analgésicos potentes e com ações sedativas, traz a sensação de sonolência, mas observado em alguns indivíduos ação de inquietude. Mais comuns são: Benzodiazepínicos e Barbitúricos, popularmente reconhecidos como calmantes; remédios de uso comum AAS, paracetamol, dipirona, entre outros”, alerta a Psicóloga.

As principais consequências do uso descontrolado de medicamentos, incluem:

·         Desenvolvimento da dependência de consumo, quantidades maiores que podem levar à overdose e morte;

·         Falência dos órgãos; Intoxicação

·         Problemas de ação esperada de outros medicamentos em que realmente a pessoa necessita de resposta   

Para ajudar uma pessoa dependente de remédios, o recomendado é encaminhá-la para avaliação médica e para acompanhamento terapia cognitivo comportamental, através de psicólogo especialista em saúde mental e dependências. “Seguir orientações dadas pela equipe de assistência multidisciplinar especializada em dependências e compulsões quando a pessoa está em tratamento é fundamental. Deve-se agir de modo mais acolhedor para que ela se sinta segura. Muito importante a família buscar através dos grupos de apoio para dependentes químicos e tratamentos de psicoterapia individual mais informações sobre padrões de projeções que são mantenedores de padrões de consumo e gatilhos que podem desencadear na pessoa que está em tratamento por uso de substância! Quanto mais conhecimento adquirir, melhor!”, orienta Tatiane.

Em casos extremos de dependências a indicação de internação hospitalar com objetivo de desintoxicação medicamentos (desmame dos remédios) e normalmente é pensado combinação medicamentos capazes de minimizar efeitos agudos de abstinência para desintoxicação e também reabilitação com sessões psicoterapia cognitivo comportamental para identificar comportamentos disfuncionais para a partir da psicoeducação para comportamentos mais estruturados. Valorizando a autonomia que o paciente pode ter sobre controle de impulsos, alcançando estabilidade física e emocional para retomada de atividades de vida diária. Muito importante avaliação médica psiquiátrica e psicológica!

Autora:

Tatiane Paula. Psicóloga Clínica

@tatianepaula.psi

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