A Bíblia está na mídia nacional novamente. Agora, através da polêmica envolvendo a apresentadora Maria da Graça Meneghel, a Xuxa, e o pastor Silas Malafaia.
Segundo as informações, a artista se pronunciou a respeito de um vídeo onde o líder religioso tece comentários sobre homossexuais, adúlteros e idólatras.
Ainda segundo as informações, a fala de Xuxa foi a seguinte: “Hipocrisia isso se chama. Ninguém pode julgar ninguém, e se seguirmos a Bíblia vamos apedrejar, matar tanta gente. Sei lá… ‘tá na hora de reescrever a Bíblia e tirar todo o ódio”.
Irmãos! Sei que não temos nada com isso, mas podemos aproveitar essa colocação da artista e falar do nosso Salvador Jesus Cristo, que é o que nos interessa, e ainda tirar alguns entendimentos dessa situação.
O comentário de Xuxa engloba quatro afirmações, vamos analisá-las uma a uma. HIPOCRISIA ISSO SE CHAMA
Vamos para a próxima afirmação, que nos diz exatamente por que não podemos comentar nada a respeito dessa.
NINGUÉM PODE JULGAR NINGUÉM
Verdade, Irmãos!
Só quem pode nos julgar é Deus, nós não somos oniscientes, onipotentes e, muito menos, onipresentes. Consequentemente, não estamos capacitados para tal procedimento, conforme nos diz o apóstolo Paulo: “Portanto, não julguem nada antes da hora devida; esperem até que o Senhor venha. Ele trará à luz o que está oculto nas trevas e manifestará as intenções dos corações. Nessa ocasião, cada um receberá de Deus a sua aprovação” (1 Coríntios 4:5).
Notem, Irmãos, que não conhecemos o coração de ninguém. Mesmo atos que nos parecem bons e legais, podem ser realizados com intenções alheias ao nosso discernimento.
E SE SEGUIRMOS A BÍBLIA VAMOS APEDREJAR, MATAR TANTA GENTE
Verdade, em parte!
A Bíblia é composta pelos Antigo e Novo Testamentos.
No Antigo Testamento, encontramos a Torá, considerada a Lei Mosaica, base do Judaísmo, e formada pelos cinco primeiros livros bíblicos (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), cujas autorias são creditadas a Moisés.
No livro de Deuteronômio (21:18-21) temos que “Se alguém tiver um filho contumaz e rebelde, que não obedeça à voz de seu pai e à voz de sua mãe, e que, embora o castiguem, não lhes dê ouvidos, seu pai e sua mãe, pegando nele, o levarão aos anciãos da sua cidade, e à porta do seu lugar; e dirão aos anciãos da cidade: Este nosso filho é contumaz e rebelde; não dá ouvidos à nossa voz; é comilão e beberrão.
Então todos os homens da cidade o apedrejarão até a morte. Eliminem o mal do meio de vocês. Todo o Israel saberá disso e temerá”.
Então, Irmãos, QUANDO SE VIVIA NA LEI, algumas transgressões e/ou pecados eram punidos com a morte. E, na maioria das vezes, a forma de execução era o apedrejamento.
Mas hoje, desde que Jesus consumou a nova aliança na cruz do calvário, vivemos pela GRAÇA: “Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1:14).
SEI LÁ… ‘TÁ NA HORA DE REESCREVER A BÍBLIA E TIRAR TODO O ÓDIO
Bingo!
Verdade, Irmãos!
E essa REESCRITURA foi feita há, aproximadamente, dois mil anos, por MARCOS, LUCAS, MATEUS e JOÃO, os autores dos quatro evangelhos que contam a vida de Jesus Cristo. Sem falar nos demais, e não menos importantes, livros do Novo Testamento.
Se no Antigo Testamento, a protagonista era a lei, no Novo Testamento o protagonista é o Filho do Homem, ou seja, Deus em forma de gente.
Precisamos entender uma coisa, Irmãos: a Bíblia é a base do Judaísmo. A base do Cristianismo é, unicamente, Jesus Cristo. Ele veio para consertar o povo e a religião de Deus. Mas, por rejeição dos líderes econômicos, políticos e religiosos da época aos Seus ensinamentos, acabou por gerar uma nova doutrina.
O nosso Salvador, com o Seu exemplo de vida, atualizou e deu nova interpretação à lei. Pagou todos os nossos pecados, fez nova aliança e nos religou ao Pai. E, “de quebra”, ainda nos deixou o Consolador, o Espírito Santo que habita dentro de todos nós, para nos guiar de volta à presença e ao reino de Deus.
Irmãos! Só para entendermos o quão radical foi essa nova versão da lei de Deus dada por Jesus, vamos relembrar a atitude d’Ele diante de uma tentativa de apedrejamento. “E disseram a Jesus: ‘Mestre, esta mulher foi surpreendida em ato de adultério.
Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres. E o senhor, que diz?’
Eles estavam usando essa pergunta como armadilha, a fim de terem uma base para acusá-lo.
Mas Jesus inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo.
Visto que continuavam a interrogá-lo, ele se levantou e lhes disse: ‘Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela” (João 8:4-7).
Temos que levar em consideração, Irmãos, que TESTAMENTO é uma averbação (geralmente escrita e registrada), da vontade de seu autor para a distribuição dos bens que possui e sobre quaisquer situações pessoais e morais após a sua morte.
Outro fato importante, Irmãos, é que um testamento, pelo código civil, tem a natureza principal de ser REVOGÁVEL. Isso significa que esse referido testamento vai valer até que seja manifestada uma nova vontade do seu autor. Assim como NINGUÉM, além do próprio autor, pode alterar esse testamento.
Irmãos! Deus é o Senhor de tudo! Ele é eterno e não vai morrer. O Pai quer compartilhar o Seu reino conosco, quer nos entregar essa herança em vida. Jesus veio pessoalmente nos fazer o convite. Nenhum ser humano, profeta ou apóstolo, por mais próximo de Deus que tenha sido, seja ou será, pode mudar, alterar, aumentar ou diminuir os planos e propósitos d’Ele.
Por isso só Jesus é o caminho, a verdade e a vida!
O Antigo Testamento cumpriu sua missão de introduzir a lei (vontade) divina entre os homens e apontar para Jesus, que veio e manifestou o reino e a vontade do Pai no Novo Testamento, na nova aliança e nova interpretação da lei.
Deus tenha misericórdia e nos abençoe…! Amém!
Autor:
Antonio Souza da Silva