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terça-feira, 27 de agosto de 2024

Série violência doméstica contra a mulher

Dos envolvidos

A violência assusta e está presente nas pequenas e grandes cidades, fazendo com que as pessoas inocentes se tranquem dentro de suas casas com medo de assaltos, sequestros e qualquer outro tipo de violência que pode acontecer, com isso, pessoas de bem acabam deixando de fazer programas saudáveis e comuns entre famílias, como ir à sorveteria, cinema, restaurante, parques, entre outros. Deixam, portanto, de aproveitar coisas naturais entre família, perdendo a liberdade de viver tranquilamente, assim, fazendo de suas casas verdadeiras prisões.

De acordo com os dados divulgados pelo IV Congresso Português de Sociologia nas relações desse tipo, as vítimas são, geralmente mulheres e os agressores homens, ambos com mais de 25 anos.

No polo passivo tem-se os homens agressores que possuem características comuns: são, em sua maioria, alcoólicos (bebida tida como hábito, vício); desempregados (pouca ou nenhuma ocupação); pouco amor-próprio; tiveram experiência com maus tratos (40 a 50% dos agressores sofreram ou conviveram com agressões na infância e/ou adolescência); depressivos; propensão a violência (agressividade que vai aumentando ao ponto de sair do psicológico e atingir o físico); precocidade (geralmente ocorre situações de violência durante a juventude) (NUCCI, 2022).

A culpa muitas vezes acomete o agressor e, este pede perdão, assevera que nunca mais vai voltar a cometer o mesmo ato, enchem a companheira de amores, presentes, bem como promessas de mudanças, contudo, “não consegue modificar-se e, em conseqüência, renova o sentimento de culpabilidade, bebe e passa a agredi-la” (NUCCI, 2022, p. 180).

Por outro lado, as vítimas, são a maioria composta por mulheres, analisando o casal, a parte mais delicada, apresentando geralmente os mesmos moldes, assim as define: caladas, passivas, envergonhadas, deprimidas, conformadas, emocionalmente dependentes e incapazes de reagir (BRASIL, 2018).

Em relação às crianças, também são vítimas mesmo que não sejam diretamente objeto de agressões físicas: ao testemunharem a violência entre os genitores, as crianças iniciam um processo de aprendizagem da violência como um modo de estar e de viver e, na idade adulta poderão reproduzir o modelo para diante, mesmo sabendo que a violência lhes provoca sofrimento emocional e muitos problemas (MACHADO; GONÇALVES, 2019).

Para amenizar, diminuir, ou quebrar o ciclo da violência doméstica, precisa urgentemente haver quebra de paradigma, mudança de mentalidade, fazer algo diferente do que vem sendo feito. Condutas enraizadas no âmago da família que não impulsiona para o bem comum precisam ser revistas. A pessoa que não possui uma identidade mínima firmada não consegue enxergar adiante, e ter perspectiva de futuro e dias melhores.

 Por dependência, ou coodependênciaa emocional, permanece no meio disfuncional e nocivo, ferindo e sendo ferido. O caminho mais curto para ter saúde psicoemocional ainda é contar com ajuda profissional, evitando assim dentre tantos problemas o adoecimento psicossomático.

 No Brasil a palavra casa compreende domicílio, residência, imóvel ocupado por um indivíduo ou grupo familiar e, em algumas situações especiais, aproxima-se da palavra lar, como é o espírito indicativo da Lei Maria da Penha. A Constituição Brasileira apregoa taxativamente no artigo 5º, XI: “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.

 link: https://www.migalhas.com.br/coluna/leitura-legal/346574/casa-e-o-asilo-inviolavel

Viver bem e na segurança do lar, respeitar e ser respeitado (a) é um direito constituído inerente a toda a pessoa humana. PENSE NISSO!!!

Autora:

Marta Germana: Cristã, Esposa, Servidora Pública, Cuidadora Infantil de 0 a 7 anos, Técnica em Enfermagem, Acadêmica de Serviço Social, e uma apaixonada estudante informal da Psicanálise e Neurociência.

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