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segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Feminização da velhice: mulheres idosas são maioria no Brasil

Com a diminuição da taxa de fecundidade e o aumento da expectativa de vida feminina, elas são maioria no país

De acordo com a Revisão de 2022 das Perspectivas da População Mundial com estimativas e projeções populacionais oficiais das Nações Unidas preparadas pela Divisão de População do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais do Secretariado das Nações Unidas, em 2052 o Brasil deve ter o maior superávit de mulheres idosas, o que corresponde à cerca de 7 milhões a mais que os homens. 

Até os anos 1940, a população brasileira era predominantemente masculina e jovem, porém esse cenário vem mudando ao longo dos anos. Com o aumento da expectativa de vida e a diminuição da taxa de fecundidade, houve o crescimento da população de idosos no país. 

Essa longevidade tem se mostrado mais evidente entre as mulheres, já que em todo o mundo, os homens tendem a ser menos longevos, porque são proporcionalmente mais atingidos pela violência urbana e apresentam uma preocupação menor nos cuidados com a saúde. 

“Cada vez mais temos evidências que comprovam a importância de bons hábitos de vida, como a adoção de uma alimentação equilibrada (rica em vegetais e alimentos mais próximos do natural e pobre em industrializados) e a realização de atividade física de forma regular, assim como a importância da realização de exames preventivos indicados não só no aumento da sobrevida, mas proporcionando uma sobrevida mais saudável e com mais qualidade”, afirma a médica geriatra Dra. Polianna Souza, cofundadora do canal Longidade.

Como resultado desse conjunto de fatores, os homens brasileiros passaram a viver, em média, 7,1 anos a menos do que as mulheres. Segundo um estudo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade Harvard, nos EUA, a pandemia aumentou em cerca de 9,1% a diferença na expectativa de vida entre homens e mulheres. 

Entre os eleitores, as mulheres 60+ também são maioria. De acordo com dados de 2022 do Tribunal Superior Eleitoral, atualmente o eleitorado brasileiro é formado por 53% de mulheres contra 47% de homens, uma diferença que totaliza quase 8 milhões de pessoas. No mercado de trabalho elas também ganharam um espaço maior, mas ainda há muitas mudanças a serem realizadas. 

“A presença de mulheres no mercado de trabalho cresceu, porém ainda há muitos desafios quando o assunto é a igualdade entre homens e mulheres no trabalho, e isso não é diferente para as 60+. Tomemos como exemplo a diferença entre os salários, que das mulheres são em média 79,5% do salário dos homens. Ainda há muito que se melhorar”, explica José Silva Junior, empresário na área de Marketing e Consultoria em negócios e cofundador do canal Longidade. 

E os números não param de crescer. Estimativas da ONU indicam que, nos padrões atuais, o Brasil terá cerca de 184,5 milhões de habitantes em 2100, no início do século 22. Desse total, 73,3 milhões — 40% da população — terão mais de 60 anos, sendo a maioria dela composta por mulheres – quase 4 milhões de mulheres a mais do que homens. Hoje, o público 60+ representa 14,7% da população residente no Brasil, de acordo com dados de 2021. Em números absolutos, são 31,23 milhões de pessoas.

 Coordenadores do Projeto Longidade
Médica Geriatra Polianna Souza
Médica geriatra pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESPFormação em Cuidados Paliativos pela Asociacion Pallium LatinoamericaFormação pelo Curso Avançado em Oncologia Geriátrica pela Sociedade Internacional de Oncologia Geriátrica (SIOG)Áreas de atuação em Dor e em Cuidados Paliativos pela Associação Médica Brasileira-AMBMembro do Comitê de Bioética do Hospital Israelita Albert EinsteinMédica do Grupo de Suporte ao paciente oncológico do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert EinsteinSócia fundadora da Oncogeriatria Brasil EnsinoCoordenadora da Pós Graduação em Oncogeriatria do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.
Nutróloga Andrea Pereira
MD, PhDMédica Nutróloga do Departamento de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein;Cofundadora e coordenadora da ONG Obesidade Brasil e do projeto Longidade;Doutorado pela Endocrinologia da UNIFESP em Obesidade e Cirurgia Bariátrica;Pós-doutorado pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa;Pós-doutorado em andamento pela Medicina Esportiva da FMUSP sobre obesidade, câncer de mama e exercício;Autora do livro “Dieta do Equilíbrio: a melhor dieta anticâncer”.
Médica oncologista Lucíola Pontes
Médica oncologista do Centro de Cuidado em Oncologia e Hematologia HcorCofundadora da Oncogeriatria Brasil Chair do Grupo LACOG Oncogeriatria Formação Executiva em Mercado da Longevidade pela FGVDoutoranda pela Escola Paulista de Medicina – UNIFESP
Consultor de Marketing José F. Silva Jr
Administrador de EmpresasMBA em Gestão EmpresarialEmpresário na área de Marketing e Consultoria em negóciosProprietário da Akademy Marketing – Agência de MarketingProfessor Universitário em disciplinas de marketing e empreendedorismoMembro da Neurobusiness Society
Ortopedista Dr. Sérgio R. Costa
Formação em Medicina pela Escola Paulista de Medicina-UNIFESP, 1992-1997.Especialista pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT e Associação Médica BrasileiraEspecialização em Cirurgia do Joelho e Artroscopia – Escola Paulista de Medicina – UNIFESP/HSPPós-graduação-Mestrado em medicina, Ortopedia – IOT da FMUSP , 2013.Membro de sociedades nacionais e internacionais:-Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia–SBOT | Sociedade Brasileira de Cirurgia de Joelho-SBCJ | Sociedade Brasileira de Artroscopia-SBA- Sociedad Latinoamericana de Artroscopía, Rodilla y Traumatología Deportiva – SLARD | Internacional Society of Arthroscopy, Knee Surgery and Orthopaedic Sports Medicine- ISAKOS | American Academy of Orthopaedic Surgeons – AAOS
Médica Hematologista Morgani Rodrigues
Médica Hematologista e do Transplante de Medula Óssea do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)Médica responsável pelo Ambulatório Multidisciplinar de seguimento pós-transplante de medula óssea e de doença do enxerto contra o hospedeiro no Hospital Israelita Albert Einstein Mestre em Ciências da Saúde na área de Envelhecimento pelo Hospital Israelita Albert EinsteinEspecialização em Neurociência pela Universidade de São Paulo (USP)Membro da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea – SBTMO.Membro da Sociedade Internacional de Oncogeriatria – SIOGCurso Avançado em Oncologia Geriátrica pela Sociedade Internacional de Oncologia Geriátrica (SIOG) e pela Università Cattolica del Sacro Cuore, Roma – Itália.

Autora:

Karine Bastida

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