Tecnologia é capaz de superar desafios na importação e exportação.
Assim como em todos os outros segmentos, há grandes gargalos do comércio exterior no Brasil que precisam ser mitigados para que os processos sejam mais ágeis. Para Jackson Campos, especialista em comércio exterior e diretor de relações governamentais na AGL Cargo, é importante que haja investimentos em capacitação, bem como a implementação de tecnologias que facilitem o gerenciamento das atividades do setor. “A desburocratização das operações de comércio exterior é extremamente necessária. Isso porque a complexidade onera as empresas, gera custos, atrasos e dificuldades para atuação das empresas no comércio exterior”, pontua.
A falta de infraestrutura e a complexidade tributáriasão alguns dos principais gargalos elencados pelo especialista. Além disso, Campos explica que em virtude do alto grau de detalhes no comércio exterior, é preciso que os colaboradores tenham conhecimentos específicos para verificar produtos, matéria-prima, capacidade de entrega ou venda e integridade das empresas parceiras. Nesse cenário, o profissional precisa ter condições e know-how para identificar possíveis problemas que possam afetar a qualidade do que é entregue.
Somando essas mudanças com o avanço da tecnologia, criando novos processos e promovendo capacitação operacional será possível acompanhar uma mudança significativa. Atualmente, os processos operacionais na logística internacional são muito mais digitais, o que torna interessante a utilização dos recursos tecnológicos para reforçar a redução da burocracia no comércio exterior. “Na prática, a tecnologia traz uma série de vantagens, e apesar de já se mostrar fundamental, algumas empresas ainda tentam administrar suas logísticas globais de forma manual, com os funcionários tendo que lidar com a tarefa de analisar planilhas repletas de dados”, diz.
Abaixo, Jackson aponta os principais benefícios do uso da tecnologia no Comex:
Internet das Coisas: Sua principal função é a conexão de diversos equipamentos que são utilizados diariamente por meio da internet. Dessa maneira, as máquinas aumentam a produtividade e reduzem custos e riscos, executando os trabalhos de maneira automatizada.
Inteligência Artificial: A IA tem a capacidade de possibilitar que uma máquina tome decisões, automaticamente, de maneira acertada e precisa, durante os processos operacionais. Essa tecnologia garante a eficiência e a rapidez das atividades desempenhadas, reduzindo as chances de erro e facilitando o atendimento personalizado aos clientes por meio da análise de dados.
Computação em nuvem: Tem a finalidade de virtualizar os serviços e facilitar o gerenciamento de informações que permitem coletar, armazenar e disponibilizar dados rápidos e seguros, além de possibilitar a prestação do serviço em diferentes locais.
Big Data: Esta é outra tecnologia implementada na Logística 4.0 e que auxilia as empresas no tratamento da grande quantidade de informações e de dados, assim a empresa consegue ter uma visão estratégica de toda a cadeia produtiva.
Sobre o Jackson Campos: Diretor de Relações Institucionais da AGL Cargo, autor do livro Venda por telefone sem precisar visitar: Um guia para serviços de comércio exterior, Campos atua com comércio exterior e relações governamentais há anos, o que que o coloca em posição de destaque para abordar quaisquer desdobramentos relacionados à importação, exportação, comércio exterior e lobby dentro da logística farmacêutica internacional. O especialista que também é Fellow do CBEXs possui facilidade em explicar todos os processos e etapas que fazem parte do ciclo de vida de um determinado produto, desde a movimentação de seus insumos até a sua entrega no cliente, desvendando dados, estatísticas e revelando os percalços do comércio exterior. Saiba mais em: www.jacksoncampos.com.br
Autora:
Luana Farias
