Fabricantes de automóveis encontram um momento propício para alavancar seus resultados e crescer em um mercado de alta competitividade
Para o setor de montadoras, utilizando como exemplo a indústria automobilística, a expectativa é de que novos tempos cheguem de vez para confirmar um processo de recuperação econômica. Segundo Andreta Junior, presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), a projeção de crescimento para o setor automotivo, em 2022, é de 4% a 5%. Enquanto a demanda por veículos é crescente no mercado, muito se discute sobre a importância de se trabalhar novidades atrativas ao olhar do consumidor brasileiro.
Dessa forma, os reflexos de um momento de recuperação econômica também contribuem para a necessidade de se caminhar rumo à automatização. Não são poucos os setores produtivos que têm enfrentado situações adversas, como a falta de insumos e semicondutores, potencializadas pela crise mundial. No caminho para suprimir custos, aumentar a produtividade e construir uma gestão com mais conformidade e eficiência, a inovação e o Comércio Exterior podem e devem andar de mãos dadas.
Neste sentido, etapas de logística, informações cruzadas e originadas por fontes distintas, legislações fiscais que divergem entre países importantes para o fluxo econômico no segmento, as demandas existentes para organizações de Comex são numerosas e apontam para a implementação de novas tecnologias como uma saída estratégica de alto valor operacional.
Conformidade, simplificação e ganhos fiscais
Dentro do contexto de modernização do Comex no Brasil, a comunicação entre público e privado tem sido aprimorada consideravelmente nos últimos anos. E a tendência é de que esse movimento continue a todo vapor. Para grandes companhias, seguindo o objetivo de absorver todas as mudanças propostas pelos órgãos responsáveis, e aderir ao Novo Processo de Importação (NPI), que possui na Declaração Única de Importação (DUIMP) uma maneira totalmente simplificada de realizar o controle das importações, contar com o suporte de um projeto amplo de automatização é a alternativa mais adequada. Desse modo, será possível sustentar um ambiente digital que contemple todas as novidades anunciadas pelo Governo Federal, deixando o gerenciamento em plena harmonia com o que há de mais positivo em termos operacionais.
Com a simplificação introduzida no DNA da montadora que, agora, contará com um sistema consolidado para organizar e administrar seus procedimentos, o patamar é outro. A burocracia que por muito tempo serviu de impeditivo para a agilidade no cotidiano de importadoras e exportadoras, resultando em atividades morosas e prejudiciais, poderá ser convertida em operações dinâmicas, efetivas e em plena conformidade com a legislação vigente.
Para concluir, os benefícios estruturais são significativos, sem dúvidas. Mas é preciso ir além. Sob o viés tecnológico, tendo como base o apoio de profissionais com expertise no Comércio Exterior, as contribuições se estendem ao entendimento técnico sobre oportunidades aduaneiras e tributárias, abrindo portas para mais lucratividade, redução de gastos desnecessários e um olhar que priorize, de forma incisiva e inovadora, a competitividade do negócio.
Autor:
Renato Figueiredo é Diretor Comercial na eCOMEX NSI.