Sociedade diruptiva pós-ocidental: crises e insurgências agonísticas nos sistemas democráticos: em um momento em que os desafios globais se multiplicam e ocorre um deslocamento de poder para a região da Ásia e do pacífico, como o caso chinês e russo, democracias agora são vistas como fonte de mais imprevisibilidade do que regimes autoritários, visão extremamente prejudicial aos interesses estratégicos pós-guerra no âmbito internacional, uma vez que reduzem as esferas políticas e a capacidade de moldar os assuntos globais. Assim, a ascensão das críticas e da crise política recente ameaça minar a principal vantagem do ocidente em relação a regimes autocráticos de governos em ascensão: sua rígida, ruidosa, mas, humana e em última instância, moderada democracia estabilizadora, esta com sua aceitação da diversidade e da globalização e com capacidade de integrar o mundo. Enquanto este cenário durar, mais difícil será prevê os desdobramentos globais em um cenário dicotômico com acentuados ares de guerra fria, tanto no viés econômico ideológica quanto militar.
Autoria:
Silva F. Francis