O setor do varejo já está em contagem regressiva para uma das datas mais importantes para o segmento: a Black Friday. Segundo um estudo realizado pela Méliuz, 91,3% dos brasileiros pretendem comprar na data, o que representa um número 20% maior em relação à pesquisa feita em 2021. Desta forma, os varejistas que desejam ter sucesso nas suas vendas precisam já ir checando se todas as áreas relacionadas ao setor de vendas estão funcionando de acordo com o esperado para que as demandas sejam atendidas.
Pensando nisso, listamos abaixo alguns tópicos que os varejistas precisam checar para terem sucesso nas vendas durante a data. Confira:
Forma de pagamento: A forma de pagamento é uma das partes mais importantes do momento da compra. Por isso, as empresas precisam estar sempre atentas às novidades disponíveis no mercado que podem trazer benefícios para o seu negócio. “Atualmente, o mercado oferece uma série de soluções que atendem a diferentes perfis de consumidores. Opções como Pix e cartões de crédito ainda são os preferidos do público, mas é importante estar atento às outras opções para fornecer uma melhor experiência no momento da compra”, comenta Paulo Castro, CEO do Contbank, fintech especializada em produtos para PMEs.
Análise de dados: Segundo o estudo “A evolução das startups no setor de varejo” desenvolvido pela Liga Ventures, rede de inovação aberta que conecta empresas e startups gerando negócios e transformando pessoas, em parceria com a PwC com o objetivo de analisar a inovação nesse mercado, entre as 373 startups ativas desse setor, 5,6% são voltadas para a análise de dados. “Todo varejista hoje em dia produz e capta uma quantidade enorme de dados dos consumidores, mas a minoria sabe como utilizá-los da melhor forma. Em um cenário no qual o público está sendo atingido de todos os lados por propagandas e ofertas, vai se destacar e sair na frente quem souber fazer a leitura dessas informações assertivamente para impactar os clientes certos, na hora certa e oferecendo um produto ou solução que realmente faça sentido para eles”, analisa Mateus Magno, CEO da Samba Digital, unidade de transformação digital da Sambatech com foco em acelerar resultados resolvendo problemas de negócio de forma simples e inovadora.
Pesquisar e conhecer o público-alvo de forma eficiente é imprescindível, principalmente durante as datas sazonais, a exemplo da Black Friday. Para Tomás Duarte, cofundador e CEO da Track.co, startup brasileira especialista em gestão da Experiência do Cliente, só é possível oferecer a solução certa quando conhecemos a dor do cliente. O aumento da demanda durante a Black Friday pode proporcionar mais impessoalidade nas interações, mas a fidelização só será garantida se o vendedor entender o freguês. “Conhecer o perfil do cliente envolve levantamento de dados sobre os produtos mais comprados e identificação de peculiaridades durante a jornada de compra do consumidor, além dos indicadores de performance. Estes são alguns exemplos de uma estratégia mais certeira para alavancar vendas e, sobretudo, diferenciais competitivos para as empresas, que conseguem identificar os principais pontos de atenção para uma melhora no atendimento”, complementa Duarte.
Investir em cibersegurança: “No mundo real é muito arriscado expor-se, pois há riscos sobre a sua integridade, do mesmo modo no ambiente virtual, e sendo assim, para a sua segurança e das suas informações, recomenda-se que se use senhas fortes e complexas (letras maiúsculas, minúsculas, números e caracteres especiais), não acesse sites suspeitos e não clique em links desconhecidos. Suas redes sociais devem ser acessadas a partir de uma rede segura, evite hotspots públicos com Wi-Fi grátis e computadores com internet de livre acesso. Também não instale aplicativos e softwares de fontes desconhecidas ou com baixa reputação. Evite a todo custo softwares piratas, eles são carregados de componentes que podem roubar informações pessoais suas trazendo transtornos dificilmente reparados. Toda atenção é importante no ciberespaço”, explica Josiel Nantes dos Santos Jr., coordenador de T.I e especialista em cibersegurança do Sidia Instituto de Ciência e Tecnologia.
Já no âmbito corporativo, o setor varejista precisa contar com uma área de TI robusta e preparada para atender a alta demanda da data e preservar os dados das empresas em caso de ataques de hackers. “É essencial que companhias estejam com a solução em nuvem em perfeito estado, à postos para não permitir a perda de dados caso isso ocorra”, conta Armindo Sgorlon, CEO da SGA TI em Nuvem, empresa que cria soluções por meio de tecnologias que envolvem data center, aplicações em nuvem, ciência de dados e inteligência artificial.
Cashback e segurança: O cashback oferece uma parte do dinheiro gasto no produto de volta para o cliente, que poderá recebê-lo em dinheiro, por meio de sua conta bancária, ou como crédito para compras futuras. “Com esse tipo de sistema, as lojas podem oferecer uma porcentagem do valor para todos os seus produtos ou limitar o benefício a apenas alguns. Essa é uma das formas do estabelecimento fidelizar o consumidor e aumentar seu número de vendas”, comenta Maria Cristina Kopacek, Co-fundadora da Idez, fintech especializada em serviços financeiros para PMEs.
Canais de atendimento: Aqui vale a máxima de que não adianta oferecer bons produtos e serviços se os canais de comunicação com os consumidores não estiverem prontos para atender a alta demanda. “Atualmente, os negócios possuem diversos meios para se conectar com o público, como as redes sociais, e-commerce e etc. Confira se todas as ferramentas estão atualizadas e, sobretudo, aposte na integração de canais, afinal, as soluções omnichannel permanecem em evidência neste ano. Cada vez mais exigentes e conectados, um dos desafios constantes, principalmente durante as datas promocionais, é assegurar que a jornada de compra seja a mais fluida e positiva possível para os consumidores”, destaca Jackson Araújo, COO da Showkase, plataforma inovadora de Social Commerce.
Estruture o fluxo de vendas: Os empresários precisam se planejar estrategicamente com antecedência, pois alguns meses antes da data os clientes já começam a pesquisar, comparar preços, modelos e diferenciais de produtos ou serviços. “Dessa forma, é preciso estruturar as etapas de vendas do seu fluxo – prospecção, qualificação, apresentação, consideração, negociação, fechamento e pós-venda – mantendo bem definido e alinhado com a jornada de compra do cliente. Não existe potencialização de resultados sem planejamento” comenta Fábio Oliveira, CEO da SalesFarm, primeira plataforma que terceiriza a força de vendas por meio de um software e tem como missão conectar empreendedores a vendedores.
Autora:
Juliana Oliveira
