O Profissional Arquiteto e Urbanista é o Profissional devidamente habilitado para desenvolver o Projeto de Paisagismo. Esse tipo de Projeto é necessário tanto em Projetos de Arquitetura, como em Projetos de Urbanismo, públicos ou privados.
O Projeto de Paisagismo vai além da especificação de nova vegetação natural, ou de um planejamento na composição de um arranjo de uma vegetação natural já in loco, pode tratar também de cuidados com à vegetação nativa, também com às águas naturais, especificação de novas espécies de uma flora e, ou cuidados com desenhos de caminhos paisagísticos, pensando muito mais que apenas no design desses caminhos, pensando além do visual estético da paisagem, pensando também além da função da ornamentação dos Projetos Paisagísticos em Projetos Urbanísticos ou em Projetos Arquitetônicos. Esse tipo de Projeto também trata de planejamento e especificação de pavimentação, seja ela asfáltica, de pedregulho, de piso intertravado, de concreto, enfim, seja do material que for mais adequado para a execução na obra de tal especificação. Também pensamos para este Planejamento Paisagístico na especificação de vários outros elementos, como fontes de água, chafarizes, espelhos de água, playgrounds, canteiros de estacionamentos, ornamentação em vasos de plantas, pergolados, lixeiras, o light design, mobiliários, entre outros. O Projeto de Paisagismo também é um Projeto que necessita do devido Registro Profissional, do Arquiteto e Urbanista, dependendo das suas exigências, necessidades, das suas especificações técnicas, que podem ir além de belas composições de Jardins, com isso, esse Projeto de Paisagismo, deve, se exigir, especificação técnica para tal, ser aprovado por órgão público específico e responsável para tais aprovações, como os Projetos de Arquitetura e Urbanismo e Arquitetura de Interiores. Devemos ter cuidados em observar também em relação a totalidade da obra, no planejamento de Projetos de Paisagismo, as condições de infraestruturas hidrossanitárias da obra do equipamento que está sendo executada à intervenção paisagística, também às elétricas, e muitas vezes, dependendo da necessidade, também devemos fazer análises da estrutura do piso e também das alvenarias da obra, além do teto, caso necessitemos planejar Jardins Verticais, Terraços Jardins, entre outras possibilidades do pensar em Projetos Paisagísticos.
Assim como todos os outros tipos de Projetos, o de Arquitetura, Urbanismo, Arquitetura de Interiores, o de Paisagismo também necessita de uma formatação de um Partido Conceitual, e de estudos tão básicos e corriqueiros que se fazem nos outros tipos de Projetos, estudo de Viabilidade Financeira da Edificação ou do Espaço Urbanizado, estudo do entorno do sítio e do perfil do usuário que irá frequentar e usufruir desses Equipentos Arquitetônicos e Espaços Urbanos. É de bom grado que se tenha conhecimento de Partidos Projetuais Paisagísticos Nacionais e Internacionais, conhecimento de nomes de Paisagistas Arquitetos e Urbanistas com destaque para esse tipo de Projeto, especialistas nesta área, assim como já costumamos orientar a se conceber, a se formatar, a se pensar em Arquitetura e Urbanismo também oriento que se pense conceitualmente nos Projetos de destaque nacionais e internacionais deste tipo de Projeto, o Projeto de Paisagismo ou Projeto Paisagístico.
Pensamos em Arquitetura e Urbanismo sempre em um todo da obra que estamos planejando, construindo ou reformando, e nos seus detalhes construtivos, na viabilidade das especificações levando-se em conta estudos de regionalismo crítico, topografia, condições climáticas, fornecedores locais, pessoal de obra qualificado na região da obra, custo benefício da obra e das especificações. E com o Projeto de Paisagismo não é diferente, ele está incluso nesse pensar total que a obra deve estar, temos Projetos de Paisagismo Externos e Internos, em Ambientes Abertos e Fechados, Públicos ou Privados, de maior e de menor porte, dependendo do Projeto que estaremos trabalhando esse tipo de Projeto Paisagístico, vamos dizer assim, muitas vezes, complementar dos Projetos de Arquitetura ou de Urbanismo.
Pensemos também na importância de estudos e cuidados com Acessibilidade no pensar e desenvolvimento de Projetos de Paisagismo, pensar esse em rampas, plataformas de acesso a níveis de pisos, o cuidados com a resolução de degraus, platores, desníveis nos pisos de áreas a serem tratadas com Projetos Paisagísticos, entre outras questões, em relação ao pensar no todo projetual. É de fundamental importância também nesse tipo de Projeto o pensar na especificação do piso, no material de revestimento do piso, visando questões de estudo do público de usuários dessa edificação, público esse que pode ter como foco Idosos, Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais, que merecem esta atenção especial por parte dos Profissionais Planejadores desses Espaços Arquitetônicos ou Urbanísticos. É necessário o pensar também em instalações, prevendo o esgotamento de águas, a drenagem de águas naturais, esgotamento de águas de infraestrutuas hidrossanitarias e de águas naturais das chuvas. É importante também o pensar no piso para prever e diminuir os riscos de acidentes dos usuários desses espaços, como em possíveis deslizamentos, devido ao empossamento de águas no piso. E também devido aos revestimentos de pisos muito lisos, muito polidos, muitas vezes, esmaltados, enfim, lembremos que são inúmeras às possibilidades de especificação de materiais de pisos.
Pensemos também, nas possibilidades técnicas desses Desenhos de Paginação desses pisos, que compõem o Projeto Paisagístico, muitas vezes, se especificados materiais naturais, por exemplo, na composição dessa paginação desses pisos, materiais como pedras, pedregulho, materiais que se movimentem facilmente com o tráfego de pessoas sobre esses pisos, por exemplo, visando também a prevenção de acidentes de pessoas sobre esses pisos, os movimentando e acabando por modificar o Design desses Projetos com essa movimentação. Pensemos também para o Planejamento desses Projetos de Paisagismo em elementos como os espelhos d’água, esculturas decorativas, artísticas. Pensemos na própria vegetação, se rasteira, se de forração, se de médio ou de pequeno ou de grande porte, pensemos também na manutenção desses Projetos de Paisagismo executados e no seu uso no dia a dia, pelos usuários dessas edificações de Arquitetura ou de Urbanismo, para que não acabem gerando Barreiras Arquitetônicas, impedindo ou prejudicando o tráfego de pedestres, o deslocamento desses usuários desses espaços a serem tratados paisagisticamente.
Pensemos também, nas possibilidades de tipologias de espécies vegetais dependendo do seu porte, se de médio ou de grande porte, que poderiam prejudicar um grande partido conceitual do próprio Projeto de Arquitetura ou de Urbanismo como um todo, impedindo, por exemplo, criando uma barreira visual, na contemplação de um visual paisagístico do interior para o exterior das edificações, por exemplo, assim como também pode acontecer mesmo no interior desses espaços construídos, um partido paisagístico esse que pode ser de grande relevância para a valorização do Projeto, pode ser de exigência também do cliente a contemplação visual de determinada potencialidade de um Partido Paisagístico, tratando-se de uma contemplação de uma paisagem natural, por exemplo, de um ambiente de praia, de serra, enfim, como tantas outras possibilidades de contemplação paisagística.
Pensemos na manutenção tanto financeira da continuidade e beleza das espécies vegetais especificadas nos Projetos de Paisagismo, e do conceito do partido estético, do belo, da concepção paisagística desses espaços, assim também como devemos pensar na manutenção técnica física desses espaços planejados, da vida de determinadas espécies vegetais especificadas, por exemplo, dependendo de determinadas condições climáticas de temperatura e de frequência de chuvas e até mesmo de temporais em determinadas dadas regiões. É importante lembrar também dependendo do Design Paisagístico desenvolvido, pensar na manutenção dessa vegetação, no tocante à necessidade de quais equipamentos mecânicos ou manuais serão necessários para se fazer o tráfego por esses espaços supridos de tratamento paisagístico, pensemos no porte, na necessidade de vias de veículos para o tráfego desses equipamentos ou até mesmo veículos necessários para a manutenção de determinada dada vegetação, principalmente se de grande porte, pensando sempre na Sociedade, nos usuários que também usufruirão desses espaços. Pensemos também nos horários de atendimento ao público que esses espaços deverão ser abertos, pensando em questões de manutenção.
Pensemos na importância dos sistemas de irrigação para o tratamento e manutenção da vida das espécies vegetais especificadas no Projeto de Paisagismo, e também da necessária penetração da iluminação natural, que são necessárias para a vida de muitas espécies vegetais. Assim como também é necessário o pensar no custo da implantação de todos os equipamentos necessários para a manutenção de toda essa rede de irrigação artificial, necessária para a manutenção das espécies vegetais, assim como dos sistemas de drenagem, escoamento de águas naturais ou advindas de redes hidráulicas e da ligação dessas redes hidráulicas e sanitárias dentro dos espaços edificados ou urbanizados até a rede pública de abastecimento da região. Como percebemos, também é necessária a atenção à viabilidade da manutenção financeira dessa rede de infraestruturas necessárias para a manutenção das características e do design dos belos planejamentos desses tipo de Projeto, é importante também cuidados em relação as especificações técnicas dos detalhamento do Projeto de Paisagismo.
Pensemos nos vários tipos de Partidos Paisagístico que temos como referência, por exemplo, no Partido Europeu, no Partido Oriental, nas suas diferenças, em que o Partido Europeu, como a exemplo os Jardins de Burle Marx, são Partidos mais Desenhados que modificam mais a topografia do solo, modificam mais à vegetação nativa, e nos Partido Orientais que são mais ecológicos, que tem cunho mais natural, de preservação das espécies vegetais naturais , da topografia mais natural, para que tomemos o nosso partido conceitual, pensemos neste primeiro momento de elaboração do partido conceitual do Projeto, no briefing do cliente ou da licitação pública que se esteja submetendo o Projeto, enfim, façamos um planejamento mais personalizado das necessidades do Projeto.
Tratando- se de cuidados particularmente com à Iluminação Artificial, o que faz muita contribuição com grande efeito funcional e estético em Projetos de Paisagismo, sugerimos então que demos mais preferência às luminárias blindadas para este tipo de Projeto, em áreas externas, pelo fato de os Projetos de Paisagismo compreenderem grandes áreas externas, e nas internas, temos ainda, a peculiaridade da necessidade da irrigação de grande área desses Projetos de Paisagismo, que são áreas de vegetação natural, projetadas artificialmente ou aproveitadas naturalmente o desenho natural dessa vegetação nesses espaços desses solos. Nós orientamos também em relação às possibilidades de especificação de tratamentos de iluminação, cuidados e atenção as diversas possibilidades dos tipos de luminárias que temos no mercado da atualidade, dos tipos de lâmpadas, do posicionamento das luminárias a fim de tomarmos partido do facho de luz, da distribuição das luminárias ao longo dos espaços, da locação dos pontos de iluminação, do dimensionamento da locação entre essas peças de iluminação , do cálculo de Lux e de Lúmens, do desempenho de cada tipo de lâmpada especificadas que são necessárias a atender aconchegantemente a toda a área a ser tratada pelo Planejamento do Projeto Paisagístico, estudemos também as possibilidades da temperatura de cor dessas lâmpadas, a fim de tomarmos partido estético dessa iluminação, focando e destacando detalhes estéticos desses Projetos Paisagísticos, como esculturas, a própria vegetação, painéis decorativos, chafarizes de água, espelhos d’água, e ainda tomarmos partido da boa e adequada iluminação, em aspectos qualitativos e quantitativos, para a própria segurança dos usuários desses espaços, que muitas vezes, são espaços externos, e durante à noite merecem um melhor tratamento de Iluminação Artificial, no caso. No tocante às luminárias, temos muitas opções, para piso, parede, móveis, teto, áreas molhadas ou não, áreas externas ou não, temos também uma infinidade de materiais e estilos de luminárias, além das periódicas coleções lançadas no mercado das peças de iluminação dos fornecedores. Temos também peças de luminárias que nos remetem a um conceito no tocante ao seu design claramente com inspiração em vários estilos arquitetônicos, rústicos, clássicos, romântico, uns mais contemporâneos, clean, hi-tech, e até mesmo temáticos, como estilo medieval, por exemplo, o que nos remetem a épocas e localidades, como peças características em estilo japonês, chinês, entre outras nacionalidades. O que pode acabar dando um charme a mais nos Projetos de Paisagismo, que muitas vezes, são feitos juntamente dos Projetos Luminotécnicos, é importante lembrarmos que opções por Projetos Luminotécnicos mais elaborados, mais detalhados, é recomendado que se façam os detalhamentos dos Projetos Luminotécnicos em pranchas separadamente dos Projetos de Paisagismo, para uma melhor leitura dos detalhamento. É importante lembrarmos e sabermos das várias tipologias de luminárias e embutidos que podemos especificar também, balizadores de piso e parede, arandelas, pendentes, embutidos de piso e de teto, calhas. Entre os mais variados embutidos e calhas temos peculiaridades técnicas dessas peças, de opção por serem de embutir e sobrepor, por exemplo. Temos ainda a opção de fazer o light design sem a especificação de luminárias, apenas diretamente a especificação de lâmpadas, como as sancas e rasgos e demais recortes e detalhes de iluminação feitos nos tetos em gesso, por exemplo. Ainda sobre as luminárias temos os perfis de parede, abajoures, luminárias de mesa, de estudo, pontos de fibra óptica, entre outras opções.Temos ainda a opção de implantar Inteligência Artificial em Projetos Luminotécnicos, como sensores de presença como mecanismo de acendimento, luminárias de acendimento de emergência, temos a opção de reduzir e aumentar a intensidade da luz, temos a opção de conectar no mesmo circuito de acendimento automático, vamos dizer assim, com o uso de controle remoto ou não várias luminárias ao mesmo tempo, temos a opção de programar um time para acendimento dia e noite dos circuitos de várias luminárias ao mesmo tempo também, entre várias outras opções de aplicar tecnologia de Inteligência Artificial em Projetos Luminotecnicos.
Pensemos também nas marcas dos artefatos, produtos e materiais de construção especificados no Projeto Paisagístico, pensemos nas grandes esculturas de mármore, de metais, que valorizam e enobrecem os Belos Projetos de Jardins e Projetos Paisagísticos que temos como referência nacional e internacional. Em vista disso, de especificação de peças de valor, pensemos na segurança do sítio, da região, da localidade, aonde o Projeto está sendo trabalhado e deverá ser executado, a fim de prever prejuízo com peças de valor, principalmente nos Projetos Paisagísticos externos, de espaços abertos, e de livre acesso ao público de toda à Sociedade de determinada região.
Pensemos também em Planejamentos Paisagísticos para feiras, eventos, áreas de pouca temporada, em espaços de mostras de decoração, por exemplo, a fim de prever o custo benefício e a solução técnica viável para a execução de determinadas especificações técnicas Planejadas nos Projetos de Paisagismo, pensemos também em soluções como a preferência por plantas em vasos, objetos e peças de fácil montagem e desmontagem, jardins verticais também com o uso de vasos e peças que acomodem à vegetação de forma que seja, vamos dizer assim, móvel, fácil de se instalar e se retirar e até mesmo se reaproveitar em outros Projetos, em outros espaços. Enfim, lembremos que os Projetos, todos, assim como os de Paisagismo devem ser exequíveis, tecnicamente e financeiramente e devem atender a um briefing de dado cliente ou órgão público para determinada ocasião e espaço, também merecem destaque em cuidados peculiares para cada região, e mesmo sendo espaços planejados para serem usados por curta duração de tempo, necessitam de uma manutenção. Pensemos também sobre manutenção de espaços com tratamento paisagístico, no tocante a limpeza desses espaços, no armazenamento, na locação dos materiais e equipamentos de limpeza necessários a esses espaços, pensemos também em possibilidades de locação e construção de depósito de material de limpeza também na edificação e nos espaços urbanizados que são planejados paisagisticamente.
Enfim, como percebemos, Projetos de Paisagismo exigem dos Profissionais Arquitetos e Urbanistas, muitos dos mesmos cuidados corriqueiros aos Projetos de Arquitetura, de Urbanismo, de Arquitetura de Interiores, e , com mais as suas peculiaridades, assim como os outros. Esse Projeto de Paisagismo, é, vamos dizer assim, considerado “o molho” das áreas de circulação abertas e ou fechadas, que podem ser institucionais, comerciais, residenciais e até mesmo de Planejamento Urbano, podendo trazer muito conceito e beleza para esses espaços, além de contribuir com a nossa saúde também. Porém, sem perder a necessária atenção e importância em relação aos demais Projetos, O Projeto de Paisagismo além da função de contemplação do belo, pode ter muitas outras exigências de acordo com cada necessidade de cada Projeto Paisagístico peculiarmente, de acordo também com o briefing de cada cliente ou licitação pública a que se destinam esses Projetos e a execução deles, sempre pensando no conceito e execução do total das obras. O Projeto de Paisagismo merece atenção e cuidados técnicos, tanto quanto os outros, para a sua correta função nas Edificações e nos Espaços Urbanos, que acabam por merecer e compor os seus Projetos.
Autora:
A. Org. Arq. Urb. Aline Cristinni de Lima Cardozo, Arquiteta e Urbanista, Formação UFC (Universidade Federal do Ceará), estudou ainda nessa graduação na UNIFOR e FANOR, todas em Fortaleza, Ceará, Brasil; Pós-Graduação de Especialização de Docentes (PED), da ESPG, Escola Superior de Planejamento e Gestão, do Curso de Educação Ambiental e Cidadania, Distrito Federal. Não Concluída*
