12.8 C
São Paulo
terça-feira, 23 de julho de 2024

Devemos nos preocupar com a VARÍOLA dos macacos, o vírus monkeypox?

A resposta é Sim! As autoridades de saúde já estão em alerta, pois a doença que tem se espalhado pela Europa e já é endêmica na África, chegou ao Brasil com pelo menos 5 casos confirmados, sendo 1 caso confirmado no Município do Rio de Janeiro, o caso segue sendo monitorado, assim como os contactantes.

A varíola foi declarada erradicada oficialmente pela OMS no Brasil em 1980 graças à vacina, atingindo um dos maiores êxitos da saúde pública no mundo.

A varíola dos macacos, assim como a varíola é do mesmo grupo dos ortopoxvírus, apesar do nome os primatas não humanos não são hospedeiros do vírus da varíola, o reservatório ainda é desconhecido, mas pequenos roedores (ex. esquilos) são candidatos principalmente na África ou seja, um vírus que infecta animais e raramente humanos. Sua detecção se dá por meio de um teste de PCR que analisa o material genético do patógeno, sendo o melhor material coletado das pústulas (lesões) desencadeadas na pele por meio da infecção, mesmo método usado no diagnóstico da COVID-19 e de outras doenças.

No geral, a transmissão da varíola dos macacos pode ocorrer por contato com lesões na pele causadas pela doença, por meio de gotículas de alguém contaminado ou materiais contaminados (ex. roupas, toalhas, lençóis…). É de suma importância que a pessoa infectada fique em isolamento e observação de 5 à 21 dias, segundo o Instituto Butantan.

Os sintomas iniciais da doença incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, cansaço extremo, linfonodos inchados (ínguas), entre outros… As lesões na pele aparecem logo depois, geralmente começam no rosto e tem um aspecto semelhante com as da catapora, causam prurido e muitas vezes dolorosas, podem ser de leves ou graves. Facilmente confundida com sintomas de outras doenças, por essa razão o atendimento precoce é essencial.

A prevenção mais eficiente a gente já conhece! A higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel são importantes para evitar a disseminação do vírus, evitar o contato com pessoas infectadas, materiais infectados e também o uso de máscaras.

A OMS garante que a vacina tradicional da varíola é até 85% eficaz para prevenir casos da versão que se espalha hoje, no entanto, a vacina da biotecnologia dinamarquesa Bavarian Nordic, conhecida como Imvanex na Europa e Jynneos nos Estados Unidos, já foi aprovada contra a varíola dos macacos.

“Não há motivos para pânico e pensar que o vírus será disseminado de forma descontrolada, como o SARS-CoV-2, visto que essa não é uma de suas características”, ressalta Edson Elias, chefe do Laboratório de Enterovírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), mas se faz necessária o uso de medidas de prevenção.

Autora:

Ana Freire, Estudante de Biomedicina – UNESA

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Leia mais

Patrocínio