Acessibilidade é uma das instruções técnicas da grande área da Arquitetura e Urbanismo.
Todos os espaços planejados e projetados pelos profissionais Arquitetos e Urbanistas, necessariamente, precisam para aprovações de seus Projetos de Arquitetura e Urbanismo ter cuidados com especificações básicas de acessibilidade, para serem aprovados nos órgãos cabíveis, em seus municípios. Como, por exemplo, cuidados com rampas para cadeirantes, desníveis de platores, de vãos em geral, obstáculos nos percursos de pedestres e ou cadeirantes que lhe tirem autonomia no livre circular, a exemplo, vasos de plantas, fontes, canteiros de plantas, lixeiras, entre outros tipos de mobiliário urbano ou predial, principalmente em aberturas de portas, circulações, espaços públicos, entre outros espaços de convivência coletivos, de uso público ou privado.
Devem haver também outras preocupações no pensar em Acessibilidade, no planejamento, desenvolvimento e execução dos Projetos de Arquitetura e Urbanismo, como cuidados como especificação de pisos, devem ser observados cuidados como o coeficiente de rugosidade dos pisos, em determinados projetos, em determinadas áreas edificadas e ou urbanizadas, principalmente em áreas molhadas, como decks, bordas de piscinas, varandas, garagens, banheiros, áreas de serviço, lavanderias, lavabos, cozinhas, saunas, a fim de evitar acidentes, geralmente domésticos, em edificações que contenham esses ambientes, evitando deslizamentos, e ainda permitindo e proporcionando melhores condições do uso de cadeira de rodas, que se não especificados corretamente os pisos mais apropriados podem ser prejudicados o tráfego de cadeirantes, e de pedestres que tem algum tipo de necessidade especial, devido ao uso de pisos esmaltados, por exemplo, e polidos apresentarem condições mais propícias a haver acidentes por parte desses usuários, em áreas com essas especificações de pisos, sem o devido cuidado de serem especificados pisos mais apropriados, antiderrapantes, nas referidas áreas citadas como exemplos.
É essencial também em Arquitetura e Urbanismo Acessível, o cuidado com o dimensionamento dos acessos das edificações, das portas de entrada a fim de permitirem e proporcionarem área suficiente para o tráfego e acesso do cadeirante e dos pedestres.
É importante também em relação a cuidados e especificações técnicas com acessibilidade a especificação de plataformas para cadeirantes em edificações com mais de um pavimento, dependendo da extensão da rampa existente e do fluxo de usuários dessa rampa, a fim de não obrigar o cadeirante a fazer grande esforço físico durante o uso da cadeira de rodas, como no caso de rampas de grande extensão, principalmente em edificações e instituições de uso diário pelo cadeirante, como instituições de ensino, como universidades, escolas, edificações e instituições públicas ou privadas, que tenham funcionários que fazem uso de cadeira de rodas.
Fazem parte também de instruções que contribuem com cuidados de acessibilidade, cuidados com a iluminação adequada dos ambientes, mecanismos de sensor de presença em aberturas de portas e circulações, e também de sensor de presença de mecanismos de iluminação, facilitando o deslocamento do cadeirante nos espaços construídos, bem como, contribuindo com sustentabilidade, diminuindo o gasto energético, de iluminação em espaços de circulação e convivência que não precisam de iluminação a todo o tempo, locais que fiquem ociosos por períodos de tempo que valem a pena receber investimentos nessa tecnologia de sensor de presença, visando também diminuir a conta da manutenção desse gasto de energia, contribuindo assim no pilar econômico, além do social, na contribuição da melhoria da qualidade de vida desses usuários.
Cuidados com a distribuição, locação, dimensionamento de mobiliário urbano e predial nos espaços construídos também são aspectos contributivos para o pensar em acessibilidade.
Pisos táteis, direcionáveis, também contribuem para melhoria das condições de acessibilidade dos espaços construídos.
Sinalização sonora, principalmente em cruzamentos com semáforos também contribuem com acessibilidade, urbana, no caso.
Cuidados com questões de ergonomia também são importantes para o pensar em acessibilidade de espaços construídos, edificados ou urbanizados, uso de dimensões padrões de mobiliário, preferencialmente, de acordo com as proporções médias da população local, como instruem-se os estudos de ergonomia, assim como fazem parte de estudos de ergonomia o posicionamento de esquadrias, como portas e janelas, posicionamento de pontos elétricos e hidráulicos, cubas e metais, como registro de chuveiros, torneiras, também de bancadas de lavatórios, demais metais como porta toalhas, a fim de serem instalados em alturas acessíveis aos seus usuários, especificação de barras de apoio ao cadeirante também são importantes em estudos de acessibilidade, em rampas, banheiros, o posicionamento de fechaduras e maçanetas de portas também, em altura padrão para que os usuários possam masuseá-las.
Cuidados com a obediência e exigência das normas e instruções técnicas de vagas de estacionamento reservadas ao cadeirante, como o cálculo da quantidade por demanda desses usuários e instruções de dimensionamento técnicos, vagas de assentos reservadas ao cadeirante, principalmente em espaços de uso coletivo, público ou privado também são instruções de acessibilidade, os cuidados com a manutenção e limpeza dos espaços construídos, visando não gerar obstáculos para essa demanda populacional também são instruções de acessibilidade, não deixando ocasionar barreiras físicas para cadeirantes e pedestres, principalmente com necessidades especiais.
Estudo do perfil dos usuários que se encaixam nos usuários que mais necessitam de estudos de acessibilidade, como portadores de deficiência física, cognitiva, motora, neurológica, visual, auditiva, gestantes, idosos, crianças, por exemplo, indicações e cuidados em especificar legendas em braile, principalmente em órgãos e instituições de uso coletivo, públicas e privadas também são instruções de acessibilidade
Evitar o desenvolvimento de projetos com longos percursos, criar aberturas, espaços permeáveis entre e nas edificações e no seu paisagismo em instituições públicas e privadas e demais projetos de Arquitetura e Urbanismo, principalmente em halls, circulações, a fim de evitar deslocamentos longos no interior das edificações para entrada em células ou em setores de órgãos ou instituições de uso coletivo, públicos ou privadas, cuidados com o posicionamento de vagas reservadas para cadeirantes próximos aos acessos das edificações das instituições em geral e edificações e demais espaços urbanos também contribuem para diminuir os percursos para o grupo de usuários que mais precisam de atenção em relação a cuidados com acessibilidade em Arquitetura e Urbanismo.
Instruções da Boa Arquitetura e do Bom Urbanismo, sempre estão associadas as boas instruções técnicas de acessibilidade, que não são só recomendações, mas, muitas delas, obrigações de especificações em Projetos de Arquitetura e Urbanismo a fim de que esses Projetos possam ser devidamente aprovados e executados nos espaços construídos de Planejamento de Arquitetura ou Urbanismo. Frente a isso, pensemos mais em estudos de acessibilidade, façamos a nossa contribuição social, e a nossa parte como profissionais Arquitetos e Urbanistas e contribuamos na prática com o direito de ir e vir da nossa constituição, além de promovermos contribuição no exercício da cidadania.
Autora:
Arq. Urb. Aline Cristinni Cardozo, Graduação UFC (Universidade Federal do Ceará), Pós-Graduação de Especialização de Docentes (PED), da ESPG, Escola Superior de Planejamento e Gestão, do Curso de Educação Ambiental e Cidadania, Distrito Federal. Não Concluído*
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Blog:
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