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domingo, 23 de junho de 2024

Crônicas do Engenho de Miriri na Paraíba do século XVII.

            O capitão-mor da Paraíba, Francisco Coelho de Carvalho, doou em 04 de fevereiro de 1610, terras aos beneditinos. Confessar, e pregar, rezar missas, e sacramentar, e tudo mais, nas colônias brasileiras era a missão. Porém, não contavam que trabalhar, também fazia parte da trajetória naqueles novos canaviais, e que isso, seria tão duro assim.

            O engenho exigiria bastante:

Eram utilizados andaimes para encaixar as fôrmas;

Perfuração das fôrmas e para a drenagem do açúcar;

Purga do açúcar nos andaimes;

Batimento do açúcar na parte de cima das fôrmas;

Aplicação do barro;

Aplicação de água sobre o barro;

Cristalização do açúcar;

Retirada dos pães e das fôrmas;

Separação dos pães do açúcar;

Separação das ‘caras’;

Batimento do açúcar para encaixotamento do produto final.

               Meu Deus!

            Pensavam os velhos da Ordem de São Bento. Quanto trabalho! Exclamavam. Quanta Luta. Suspiravam. Já pensou, se depois de todo esse trabalho, alguém ainda viesse nos roubar?

            Quando de repente, chegaram os holandeses. Oh, que tristeza.

            Os ‘hereges’, como eram chamados.

            Pegaram os engenhos de açúcar e transforam em seus.

            Que dia triste para velhos bentos!

            Depois de todo aquele trabalho, voltaram a rezar, não porque queriam, mas porque foram obrigados a deixar os canaviais.  

Autor:

Pedro Jorge Coutinho Guerra

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