“Bienal de São Paulo desde 1951” será lançado dia 31 de março com evento no pavilhão Ciccillo Matarazzo
Publicação traz textos inéditos de 33 autores convidados e imagens escolhidas a partir do Arquivo Histórico Wanda Svevo (e outras fontes) – algumas nunca tinham sido digitalizadas
São Paulo, 24 de março de 2022 – A Fundação Bienal lança no próximo dia 31 de março (quinta-feira) o livro de ensaios Bienal de São Paulo desde 1951, organizado por Paulo Miyada, que foi curador-adjunto da 34ª Bienal – Faz escuro mas eu canto. Colaboraram com a obra pesquisadores, críticos e artistas de formação diversa (confira abaixo a lista completa de autores).
Cada autor abordou um momento da história das bienais de modo ensaístico e crítico. Além dos textos, o livro conta ainda com uma pesquisa elaborada de imagens, muitas delas inéditas, colhidas do Arquivo Wanda Svevo, da própria Fundação Bienal e de outras fontes.
Bienal de São Paulo desde 1951 celebra uma comemoração dupla: os 70 anos de realização da exposição (em 2023 será realizada a 35ª Bienal de São Paulo, clique aqui para conhecer os curadores da próxima Bienal) e os 60 anos da Fundação Bienal. Além do livro, já foi lançado um podcast, em parceria com o Grupo Folha e um filme/documentário está sendo feito com o Itaú Cultural.
Essas iniciativas foram criadas por um um comitê extraordinário formado dentro do conselho da Fundação. “O livro faz parte dessas comemorações, que também incluem a reedição da nossa linha do tempo, 10 podcasts, um mini-doc sobre o Arquivo Histórico Wanda Svevo e uma série de depoimentos em vídeos que resgatam a história de um evento que se confunde com a história da cidade de São Paulo“, diz José Olympio da Veiga Pereira, presidente da Fundação Bienal. “A Bienal de São Paulo é a segunda mais antiga do mundo, Veneza é a primeira. As iniciativas para celebrar esse legado são uma forma de abrir diálogos para repensar as influências e o contexto das exibições ao longo dos anos”, explica.
Sobre o livro
O livrotraz 30 ensaios distribuídos por 424 páginas, que reforçam o caráter plural da Bienal, com múltiplas vozes que combinam pesquisas, perspectivas críticas, criações narrativas e anedotas, em uma diversidade que reflete a principal característica do evento: a sua contínua transformação. “Em vez de trazer uma abordagem enciclopédica de cada edição, preferimos que os autores tivessem a liberdade de escolher diferentes recortes. Alguns se debruçaram sobre uma edição específica, outros, sobre uma obra, a influência de um personagem ou o momento histórico de uma edição. Desta forma, temos um livro que não tem a pretensão de esgotar a história da Bienal, pelo contrário, é uma obra expansível“, explica Paulo Miyada, organizador da obra.
Como parte das ações de lançamento, serão realizadas no dia 31 três mesas de conversa mediadas por Paulo Miyada com autores do livro. O evento é gratuito e aberto ao público (confira abaixo a programação completa). Às 19h, acontecerá o lançamento do livro.
Sobre o lançamento
O evento de lançamento acontecerá no dia 31 de março, no Auditório do Pavilhão da Bienal – Parque Ibirapuera, com entrada gratuita e aberta ao público. A partir das 14h30 e com mediação do organizador Paulo Miyada, três mesas de conversas entre alguns autores dos ensaios irão abordar temas relacionados à história da Bienal. Às 19h acontecerá o lançamento do livro.
Mesa 1. Do que cabe aqui, 14h30
Conversa sobre momentos em que a Bienal de São Paulo abrigou formas de fazer arte que transformaram a trajetória da exposição.
Mediação: Paulo Miyada
Convidados:
Bruno Pinheiro
Lula Wanderley
Cláudio Bueno e João Simões
Mesa 2. Quando o fora está dentro, 16h
A mesa abordará episódios da Bienal em que o contexto político e social do período influenciou diretamente a organização do evento.
Mediação: Paulo Miyada
Convidados:
Regina Teixeira de Barros
Caroline Saut Schroeder
Fernanda Albuquerque
Mesa 3. Arte e mais que arte, 17h30
Mesa sobre as ocasiões em que ficou claro o desejo da Bienal de expor e abordar a arte para além dos seus limites formais tradicionais.
Mediação: Paulo Miyada
Convidados:
Francisco Alambert
Glaucia VIllas Bôas
Tiago Gualberto
19h
Lançamento do livro
Sobre os ensaios e autores
Trinta ensaios, além de um texto de apresentação do organizador Paulo Miyada e uma análise do presidente da Fundação Bienal de São Paulo, José Olympio da Veiga Pereira, compõem o livro. Conheça os autores e os títulos dos respectivos ensaios:
Livro
Bienal de São Paulo desde 1951
organização Paulo Miyada
Sentimentos no coração de artista
Paulo Miyada
Avenida Paulista, 1951. Cenário da 1a Bienal de São Paulo
Abilio Guerra e Fausto Sombra
Que a arte possa vencer como fez o samba: Heitor dos Prazeres na 1a Bienal de São Paulo
Bruno Pinheiro
Sobre uma fotografia
Francisco Alambert
Arte no parque: um projeto que não vingou
Regina Teixeira de Barros
Maria Martins, diplomata
Veronica Stigger
Entre a incompreensão e o esquecimento: a 4a Bienal de São Paulo
Michael Asbury
A 6a Bienal de São Paulo na berlinda
Glaucia Villas Bôas
A Bienal de São Paulo e o macete do game
Clarissa Diniz
A Bienal de São Paulo: entre o museu e a universidade
Ana Gonçalves Magalhães e Gustavo Brognara
Terapia narrativa: cartas à Lygia Clark – Sobre bichos e bixas
Lyz Parayzo
As Bienais ao fim dos anos 1960: da participação (1967) à recusa (1969)
Caroline Saut Schroeder
O boicote à 10a Bienal: extensão e significado
Aracy Amaral
Reunião de Críticos da América Latina ou para que serve uma Bienal?
Paulo Miyada
Histórias do presente: Proposições Contemporâneas na 14a Bienal de São Paulo
Isobel Whitelegg
Incomuns somos todos
Lula Wanderley
Síntese e manutenção: cultura material no Brasil
Marcelo Campos
Sete cores e a grande tela
Julia Coelho
Descaminhos da curadoria
Vinicius Spricigo
Entre história e pós-história: as Bienais do fim de século
Gabriel Ferreira Zacarias
A 24a Bienal de São Paulo: notas sobre suas reverberações
Tiago Gualberto
Retomando narrativas: a Mostra do Redescobrimento e o protagonismo indígena
Naine Terena de Jesus e Fernanda Pitta
Sobre viver juntxs
Cristiana Tejo
Onde vocês ficam?
Mabe Bethônico
A Bienal como exercício de autorreflexão
Fernanda Albuquerque
Tudo em nós era fullgás?
Patrícia Mourão de Andrade
Constrangidos e conturbados: o povo de August Sander e um Brasil de novos arquétipos
Fabiana Moraes
(…)
Cláudio Bueno e João Simões
Restauro: escultura ambiental para guerrilha urbana
Cristina Freire
Por uma terceira margem das afinidades afetivas, ou o que vem depois da atenção
Mônica Hoff
Seis décadas da Fundação Bienal de São Paulo: um percurso arriscado
Thiago Gil Virava
Serviço
Lançamento
Livro: “Bienal de São Paulo desde 1951”
Organização: Paulo Miyada
424 páginas
Preço: R$ 100
Onde encontrar:
Mesas – 31/03/2022 (quinta-feira)
Mesa 1: Do que cabe aqui, 14h30
Mesa 2: Quando o fora está dentro, 16h
Mesa 3: Arte e mais que arte, 17h30.
Autor:
Erico Marmiroli