A Apple vendeu 239 milhões de iPhones em 2021, mas sente que pode vender ainda mais – e aparentemente tem uma nova ideia para fazer isso.
Consta que a empresa está pensando em vender seus dispositivos através de planos de assinatura, como já acontece, inclusive no Brasil, com automóveis.
Em alguns países, a empresa já vende iPhones por meio de operadoras, com planos pelos quais se paga, além dos serviços de telecomunicações, uma taxa mensal pelo uso do aparelho, havendo a opção de atualizar o dispositivo depois doze meses.
Ainda não há detalhes sobre os novos planos, mas ao que parece poderão ser incluídos serviços premium da Apple, como o Apple One, que oferece Apple Music, TV+, Arcade, Fitness+ e iCloud; também poderia ser incluído o AppleCare, basicamente um serviço de suporte ao usuário.
Também não há informações sobre períodos de teste, prazos mínimos de assinatura e a possiblidade de o usuário tornar-se proprietário do dispositivo após um dado tempo de assinatura. Também deverão ser pensadas questões de logística, referentes à entrega e coleta dos dispositivos, o que para uma empresa do porte da Aplle, não deve ser algo muito difícil.
Comenta-se que uma das modalidades de assinatura, mais barata, poderia prever o uso de equipamento de segunda mão, o que além de permitir ganhar novos clientes, reduziria problemas de disposição e reciclagem desse material.
Um sinal de que essa ideia está sendo considerada, foi a aquisição pela Apple da fintech britânica Credit Kudos, que tem um produto que usa inteligência artificial para calcular scores de crédito de maneira inovadora e que pode ser usado para identificar clientes para o programa de assinatura.
Resta saber se a Apple conseguirá tornar um programa desse tipo suficientemente atraente para atrair novos clientes.
Autor:
Vivaldo José Breternitz, doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de IoT
