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segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Arquimedes, um sábio voltado à tecnologia

Os romanos pretendiam conquistar a cidade de Siracusa, situada na costa leste da Sicília, de forma a que pudessem ter o domínio completo daquela ilha.

Em 214 a. C. cercaram a cidade, cuja defesa era comandada por Arquimedes, inventor, matemático, filósofo – um polímata, enfim. Polímata, que em grego significa “aquele que aprendeu muito” – é uma pessoa cujo conhecimento não está restrito a uma única área.

Os romanos eram muito superiores em recursos, mas Arquimedes desenvolveu tecnologia que permitiu à cidade resistir por dois anos.  Dentre outras coisas, criou um   guindaste   que era usado para prender e erguer os navios inimigos que se aproximavam da costa e a seguir soltá-los, destruindo-os na queda.    Diz-se que criou também um sistema de espelhos, usado para concentrar os raios solares sobre as velas dos navios romanos, incendiando-os, embora não haja prova de que tal arma tenha existido.

Mas a superioridade em material e homens dos romanos, que eram comandados pelo   general Marco Cláudio Marcelo, prevaleceu: Siracusa caiu. O general havia ordenado que a vida de Arquimedes, que tinha 78 anos (uma idade avançadíssima para a época) fosse poupada. O sábio, que continuou seus estudos em casa após a invasão da cidade, certo dia ao ser interpelado por um soldado romano, protestou contra a interrupção de seu trabalho e grosseiramente mandou o soldado retirar-se; este, sem saber de quem se tratava, matou–o.

A história conta também que Arquimedes descobriu que o volume de qualquer corpo pode ser calculado medindo o volume de água movida quando o corpo é submergido na água – isso é conhecido como o Princípio de Arquimedes. Ele chegou a essa conclusão quando entrava na banheira; consta que logo a seguir teria saído nu pelas ruas de Siracusa gritando Eureka, que em grego significa descobri.

Para encerrar uma curiosidade: na versão italiana dos quadrinhos de Disney, o Prof. Pardal é conhecido como Archimede Pitagorico, o que pode ser encarado como uma homenagem a dois sábios, Arquimedes e Pitágoras, também filósofo e matemático

Autor:

Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é consultor de empresas.

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